O Presidente da República considerou hoje que o primeiro-ministro não pode ter pretendido desvalorizar a importância da transparência e da corrupção para os portugueses, que “certamente isso foi um mal entendido”.
Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas no fim de uma iniciativa no antigo picadeiro real, junto ao Palácio de Belém, em Lisboa, a propósito da exoneração do secretário de Estado da Defesa, Marco Capitão Ferreira, constituído arguido no âmbito do processo “Tempestade Perfeita”, que levou a buscas no Ministério da Defesa.
Sem se pronunciar sobre este caso em concreto, o chefe de Estado defendeu que os portugueses “são muito sensíveis à transparência e à corrupção, mas à transparência em geral”.
“Não é possível separar a visão da inflação, a situação económica, a situação social da ideia que os portugueses têm sobre o uso de dinheiros públicos, porque são dinheiros deles”, argumentou Marcelo Rebelo de Sousa.
Interrogado se não interpretou as palavras do primeiro-ministro, António Costa, como uma desvalorização deste caso, respondeu: “Eu nunca diria que ele teria dito que a transparência ou a corrupção não era importante para os portugueses. Certamente não o disse“.
Segundo o Presidente da República, “certamente isso foi um mal entendido, porque ninguém iria desvalorizar uma realidade dessas“.
No sábado, antes de uma reunião informal do Conselho de Ministros, em Sintra, o primeiro-ministro não comentou a exoneração de Marco Capitão Ferreira do cargo de secretário de Estado da Defesa, na que foi a 13ª saída do governo em outros tantos meses, apelando a que se deixe “a justiça funcionar”.
Segundo o primeiro-ministro, as questões que têm afectado o Governo “não são o que preocupa o portugueses”.
Num curto comentário às acusações que envolvem Marco Capitão Ferreira, Costa pediu que “deixemos a Justiça funcionar”, e considerou que “o que preocupa as pessoas é a inflação, se vamos continuar a reduzi-la, se vamos prosseguir a política de melhoria de rendimentos, os desafios do reforço do SNS”.
“Nós vamo-nos hoje concentrar naquilo que importa à vida dos portugueses, e, sem querer diminuir aquilo que preocupa muito os comentadores e o espaço político, aquilo que eu sinto que preocupa as pessoas são temas bastante diferentes”, afirmou António Costa.
O chefe do executivo referiu que os portugueses com quem fala na rua lhe manifestam preocupações “que têm pouco a ver com esses assuntos“, mas antes com temas como o combate à inflação, a melhoria dos rendimentos, os desafios no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e a “enorme transformação da economia portuguesa”.
Esta segunda-feria, num artigo de opinião no DN, Paulo Baldeia critica a ideia expressa pelo primeiro-ministro de que as pessoas não se importam com os “casos e casinhos” de incompetência ou corrupção no governo.
Este argumento, diz o jornalista da TSF, desculpabiliza comportamentos incorretos, dando azo à famigerada expressão “rouba, mas faz” — uma expressão importada do Brasil mas que tem ganho popularidade no nosso país.
ZAP // Lusa
Será que não?! Quem diria!
Este Marcelo “pensa” que a maioria do POVO anda com os olhos tapados….não é o meu caso! Nunca se viu tanta corrupção…entre os membros de quem nos desgoverna…sendo o Costa o seu chefe!
E o próprio Marcelo…quando desmaiou…com uma simples “bebida quente” …não teve que esperar para ser atendido, ao contrário de milhares de cidadãos anónimos, pelo SNS!!! Utilizou o cargo para ser atendido….rapidamente!!!
Ao menos na Arábia eram apenas 40 ladrões e ali babá…
É tudo banditagem. Não se esqueçam que grande parte destes governantes pertenciam ao gangue do 44. Queriam o quê!?
A Corrupção , tem de ser considerada como uma pandemia , com efeitos mais devastadores en pequenas Economias como é o caso de Portugal . De aí , lutam por un lugar na Politica , não para Governarem como deviam mas Sim para se Governarem . Lembrem-se da frase do Costa …”é difícil endireitar a sombra de uma arvore que nasceu torta” , no meu ver , não é difícil , é sim impossível !