/

Costa anuncia aumento da capacidade de testagem e recusa novo confinamento

António Pedro Santos / Lusa

O primeiro-ministro considerou hoje “vital” o aumento da capacidade de testagem, salientando que é essencial a rápida deteção dos casos de covid-19 para os isolar e quebrar o mais cedo possível cadeias de transmissão do novo coronavírus.

António Costa assumiu esta posição no Infarmed, em Lisboa, após uma breve cerimónia de assinatura de uma parceria para o reforço da capacidade de testagem na Região de Lisboa e Vale do Tejo e para que se assegurem respostas rápidas contra surtos de covid-19 em todo o território de Portugal continental.

Nesta parceria entre o Ministério da Saúde, o Instituto de Medicina Molecular, a Cruz Vermelha Portuguesa, a Sociedade Francisco Manuel dos Santos, a Jerónimo Martins, pretende-se atingir mais 3500 colheitas por dia (em posto fixo até 2000 e em brigadas móveis até 1500 colheitas).

“Em primeiro lugar, temos de apelar à responsabilidade individual de cada um de nós, no respeito pelas regras, pelo distanciamento físico, pela higiene das mãos, pela proteção das máscaras, pelo respeito da etiqueta respiratória”, começou por lembrar.

“Em segundo lugar temos um passo fundamental, que é sermos rápidos a detetar os casos, a isolá-los para romper as cadeias de transmissão. Em terceiro lugar, naturalmente, temos de robustecer, cada vez mais, a capacidade do SNS, para conseguir tratar aqueles que estão infetados”, acrescentou.

Costa reiterou que o regresso às escolas e aos trabalhos traz uma necessidade acrescida de reforçar os testes realizados. “A forma que temos de controlar o risco de transmissão, da forma mais rápida possível, evitando que se espalhe, é chegando a quem tem alguma suspeita, testar, isolar; ver quem são os contactos mais próximos, testar e isolar”, atirou.

O primeiro-ministro disse ainda que um confinamento como o de março está fora de questão: “Sabemos todos que não podemos fazer o mesmo que fizemos em meados de março”.

O presidente da Cruz Vermelha Portuguesa, Francisco George, disse ainda que o tempo atual “não é de críticas ou de lamúrias, mas de mobilização de meios para que se combate o problema que todos têm pela frente”.

“Queremos atingir os três mil testes diários dentro de algumas semanas”, disse também a diretora executiva do Instituto de Medicina Molecular, Maria Manuel Mota.

ZAP // Lusa

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.