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A Coreia do Sul registou esta sexta-feira quatro novos casos de Síndrome Respiratória do Médio Oriente (MERS-CoV), elevando para 126 o número de infeções pelo coronavírus.
Até à data a Coreia do Sul registou um total de dez mortes devido ao MERS, segundo dados do Ministério da Saúde.
Na última semana o número de novos casos diários manteve-se acima de uma dezena por dia.
Os quatro novos doentes ficaram infetados no Centro Médico Samsung, em Seul, foco da maioria dos contágios até à data, de acordo com comunicado do Ministério.
“A possibilidade de o MERS se propagar na sociedade é muito baixa“, afirmou Kwon Duk-choel, diretor dos Centros de Controlo e Prevenção de Coreia numa conferência de imprensa, na qual aconselhou os cidadãos a “fazer uma vida normal”.
Pelo menos 3.680 pessoas estão atualmente de quarentena, em casa ou no hospital, contra 3.805 na quinta-feira. A quarentena foi levantada para 1.249 pessoas desde o início do surto, o maior fora da Arábia Saudita.
O primeiro doente infetado com MERS foi diagnosticado a 20 de maio, após uma visita à Arábia Saudita e a outros países do Golfo Pérsico.
O MERS é considerado um “primo” mais mortal, mas menos contagioso, do vírus responsável pela Síndrome Respiratória Aguda Severa (SARS) que, em 2008, fez cerca de 800 mortos em todo o mundo.
Tal como o SARS, provoca uma infeção pulmonar e os afetados sofrem de febre, tosse e dificuldades respiratórias, não havendo, por enquanto, tratamento preventivo para a doença.
A doença regista uma taxa de mortalidade de cerca de 35%, de acordo com a OMS. Na Arábia Saudita, mais de 950 pessoas foram contaminadas desde 2012 e 412 morreram.
OMS convoca reunião de comissão de emergência sobre síndrome respiratória
A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou hoje que vai convocar, na próxima semana, a comissão de emergências sobre a Síndrome Respiratória do Médio Oriente, depois do aumento do número de mortes na Coreia do Sul.
“O número de novos casos diminuiu, mas devemos vigiar a situação de perto”, declarou um porta-voz da OMS, Tarik Jasarevic, numa conferência de impresa em Genebra.
“A comissão de emergências vai reunir-se” na próxima semana, mas a data ainda não foi marcada, disse.
“Trata-se de analisar a situação” e determinar se “constitui uma emergência de saúde pública de alcance internacional”, acrescentou Jasarevic, precisando que a última reunião da comissão decorreu a 5 de fevereiro passado.
/Lusa