A preocupação com as consequências económicas da propagação do coronavírus na China está a ter um efeito devastador nos mercados.
A derrapagem nos mercados acontece numa altura em que o número de mortos pelo surto de coronavírus na China aumentou para 81 e o vírus se propagou para mais de dez países.
Depois das ações asiáticas, os receios propagam-se agora até às bolsas europeias. De acordo com o Eco, o Stoxx 600 – índice que agrega as 600 principais capitalizações bolsistas do Velho Continente – cai 1,96%, para a fasquia mais baixa desde 8 de janeiro.
Ainda de acordo com o diário económico, as mineiras estão entre os títulos mais penalizados nas praças europeias, com quedas acima de 3%, estando a ser pressionadas pela respetiva exposição à China.
Em Lisboa, o PSI-20 também cede: o índice bolsista nacional cai 1,48%, para os 5.208,4 pontos, condicionado pelas quedas do BCP e da Galp Energia que desvaloriza 2,69%. O preço do barril de Brent, referência para as importações nacionais, tomba 3,3%, caindo abaixo da fasquia dos 60 dólares pela primeira vez desde o início de novembro.
Marc Chandler, estratega chefe de mercado da Bannockburn Securities, disse, numa nota enviada à Reuters, que “o coronavírus é um choque económico e financeiro. A extensão desse choque ainda precisa de ser avaliada, mas poderia ser a faísca para um ajuste indiscutivelmente duradouro no mercado de capitais”.
O Eco avisa que, face a estes receios, os investidores estão a procurar refúgio, nomeadamente o ouro, cujas cotações avançam 0,88%, para os 1.584,199 dólares, a fasquia mais elevada desde 8 de janeiro.
Coronavírus / Covid-19
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