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“É um insulto contra um parceiro de diálogo”. Coreia do Norte critica permanência na lista de terrorismo dos EUA

Kevin Lim / The Straits Times / EPA

O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, e o Presidente dos EUA, Donald Trump, na cimeira de Singapura

A Coreia do Norte disse esta terça-feira que a permanência do regime na lista negra de terrorismo dos Estados Unidos mina as perspetivas de uma diplomacia nuclear entre os países.

A lista negra do Departamento de Estado norte-americano sobre terrorismo divulgado na semana passada prova, novamente, que os Estados Unidos mantêm uma “política hostil” e “repugnância” em relação à Coreia do Norte, acusou a Coreia do Norte.

“Isto é um insulto contra um parceiro de diálogo“, apontou em comunicado a agência oficial de notícias norte-coreana, KCNA. “O canal do diálogo entre a Coreia do Norte e os EUA está cada vez mais estreito” devido à posição dos EUA, acrescentou.

Esta declaração chega numa altura em que Pyongyang está a aumentar a pressão sobre os Estados Unidos devido ao impasse nas negociações sobre a questão do nuclear. Na semana passada, a Coreia do Norte testou vários projéteis desenvolvidos há cerca de um mês.

Em 2017 houve uma escalada de tensão entre EUA e Coreia do Norte, com esta última a testar uma série de mísseis balísticos, garantindo que os mais potentes têm capacidade para atingir território americano, inclusive cidades como Boston ou Nova Iorque. Enquanto Trump e Kim iam trocando insultos, o presidente da Coreia do Sul. Moon Jae-in ia tentando mediar a situação, impedindo que os receios de uma guerra se concretizassem.

O presidente encontrou-se com Kim Jong-un em Singapura em junho de 2018. Porém, as negociações têm estado num impasse desde há meses. No início deste ano, Trump e Kim realizaram a segunda cimeira em Hanói, que foi abruptamente interrompida devido a desentendimentos sobre as compensações dos EUA, que proporcionavam o alívio de sanções e os passos da Coreia do Norte para desmantelar o seu programa de armas nucleares.

Em junho, Trump e Kim encontraram-se, pela terceira vez, na zona desmilitarizada entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul.

ZAP // Lusa

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