A Coreia do Norte pode estar a desenvolver um novo tipo de míssil que pode penetrar nas defesas áreas dos país vizinhos, alertou o ministro da Defesa japonês, Takeshi Iwaya, em conferência de imprensa.
De acordo com o governante, que é citado pelo The Mainichi, os dois projéteis lançados a na última semana por Pionyang em direção ao mar do Japão atingiram cerca de 100 quilómetros de altitude e correspondem já as novas armas que estão a ser desenvolvidas.
Iwaya disse também que estes dois mísseis são construídos com características que impedem a sua deteção precoce de posterior interceção.
“É provável que a Coreia do Norte esteja a desenvolver mísseis que seguem uma rota de voo irregular e inferior daquilo que é o normal. Há uma boa possibilidade de [a Coreia do Norte] estar a aplicar tecnologias de mísseis de curto alcance àqueles de maior alcance”, explicou, citado pelo mesmo média internacional.
Os mísseis foram disparados a partir de um novo sistema múltiplo de lançadores de foguetes. Os testes foram supervisionados pelo líder norte-coreano Kim Jong-un.
O Exército da Coreia do Sul informou que os projéteis viajaram uma distância de 380 quilómetros, tendo atingido uma altitude máxima de 97 metros.
O ministro da Defesa do Japão disse que os mísseis não afetaram a segurança do Japão nem atingiram a zona económica exclusiva da ilha, mas condenou os testes que considerou ser um “clara violação”`às resoluções do Conselho de Segurança da Onu.
Por sua vez, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse não acreditar que Kim Jong-un tenha violado qualquer compromisso com a sua administração ao lançar estes projéteis. “[O Presidente norte-coreano] gosta de testar mísseis, mas nunca restringimos mísseis de curto alcance”, disse o líder da Casa Branca.
Dias antes do teste da Coreia do Norte – o sétimo em menos de um mês -, o governo sul-coreano decidiu não estender o acordo de troca de informações com o Japão que ambos os países haviam assinado em 2016 para cooperar face à crescente ameaça de Pionyang, que levantou dúvidas sobre a segurança regional.