A Coreia do Norte lançou esta sexta-feira dois “projéteis não identificados” que caíram no mar do Japão, o sexto lançamento desde o final de julho, anunciaram as autoridades da Coreia do Sul.
De acordo com Seul, os projéteis foram disparados perto de Tongchon, uma cidade na província de Kangwon, na Coreia do Sul, e caíram no mar Oriental, também chamado mar do Japão.
“O exército está a observar a situação no caso de outros lançamentos”, acrescentaram as autoridades sul-coreanas. Este é o sexto lançamento deste tipo desde o final de julho. O quinto lançamento foi mesmo supervisionado pessoalmente pelo líder norte-coreano, Kim Jong-un.
A Comissão para a Reunificação do Pacífico, uma instituição do poder norte-coreano, tinha criticado, horas antes do ensaio desta sexta-feira, as declarações do Presidente sul-coreano, Moon Jae-in, feitas na quinta-feira.
No discurso, por ocasião do aniversário da libertação da Coreia da ocupação japonesa (1910-1945), Moon Jae-in afirmou que o seu objetivo consiste em alcançar “a paz e a unificação até 2045”, embora o mandato presidencial termine em 2022.
A Coreia do Norte acusou Seul de ser responsável pelo atual congelamento das negociações entre os dois países e pela não implementação da “declaração histórica da Panmunjom”.
Este é provavelmente mais um protesto de Pyongyang contra as manobras militares conjuntas entre a Coreia do Sul e os EUA, que a Coreia do Norte assegura que visam uma invasão do seu território.
Estes testes de mísseis, cuja importância o Presidente norte-americano tem insistentemente minimizado, acontecem depois de as negociações diplomáticas entre os EUA e a Coreia do Norte sobre o programa nuclear desta terem fracassado.
Até agora, a Coreia do Norte tem mantido a suspensão unilateral de testes de mísseis nucleares de longo alcance, decisão tomada no ano passado. Pyongyang descreveu os seus recentes disparos como o teste de um novo sistema de artilharia de projéteis e do lançamento de mísseis balísticos de curto alcance.
Antes tinha-os classificado como um “aviso solene” à Coreia do Sul a propósito dos seus planos de continuar os exercícios militares com os EUA. Alguns analistas consideram que estes disparos podem aumentar nos próximos meses, se não houver avanços nas negociações nucleares.
ZAP // Lusa