/

Novo míssil norte-coreano sobrevoou o Japão (e vai ter “resposta adequada”)

2

(dv) KCNA / YONHAP

Míssil balístico intercontinental norte-coreano Hwasong-14 lançado em local não divulgado na Coreia do Norte

A Coreia do Norte lançou, esta sexta-feira de manhã, um míssil que sobrevoou o Japão, anunciou o Governo japonês.

O míssil sobrevoou a ilha de Hokkaido, no norte, às 7h06 de sexta-feira, hora de Tóquio, – 23h00 em Lisboa -, precisaram as autoridades japonesas, que indicaram que o sistema de aviso J-Alert foi acionado em várias regiões do norte do arquipélago.

Minutos antes da posição do executivo japonês, a agência de notícias sul-coreana, Yonhap, tinha afirmado que Pyongyang lançou um míssil não identificado.

O Japão já condenou fortemente a Coreia do Norte pelo míssil lançado que sobrevoou a ilha japonesa de Hokkaido, anunciou o porta-voz do governo nipónico.

O Japão não vai tolerar estas provocações e protestamos fortemente contra a Coreia do Norte”, advertiu o porta-voz do governo japonês, Yoshihide Suga, salientando a vontade de “responder de forma adequada, juntamente com os Estados Unidos, a Coreia do Sul e outros países interessados” a este ato de Pyongyang.

Depois do lançamento, Tóquio e Washington acordaram exercer uma “visível pressão” sobre Pyongyang após o lançamento do míssil. O ministro dos Negócios Estrangeiros japonês, Taro Kono, conversou ao telefone com o secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, para analisar e estudar uma resposta conjunta ao novo disparo de míssil.

Ambos acordaram trabalhar com a comunidade internacional e o Conselho de Segurança da ONU para “conseguir a plena aplicação” do novo pacote de sanções, aprovado na segunda-feira por unanimidade, segundo o chefe da diplomacia nipónica aos media locais.

“Exerceremos máxima pressão sobre a Coreia do Norte até conseguirmos que mostre um claro compromisso rumo à desnuclearização e se sente à mesa das negociações”, acrescentou.

Tanto Kono como Tillerson conversaram ainda com a ministra dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Sul, Kang Kyung-wha, para coordenar a posição trilateral e promover “medidas mais poderosas e eficazes” contra Pyongyang através de todos os canais possível, incluindo o Conselho de Segurança da ONU, informou Seul.

Após analisar o disparo, Tóquio concluiu que se tratou de um míssil de alcance médio Hwasong-12, o mesmo modelo que a Coreia do Norte disparou no passado dia 29 de agosto e também sobrevoou território japonês, pela primeira vez desde 2009.

O projétil percorreu 3.700 quilómetros antes de cair em águas do Pacífico, a leste da ilha de Hokkaido, no norte do Japão.

O míssil superou assim a distância percorrida pelos de modelos similares usados nos dois testes anteriores, mostrando ter capacidade suficiente para chegar à ilha de Guam, que acolhe importantes bases navais dos Estados Unidos, assinalou Itsunori Onedera.

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, também já se pronunciou pedindo “uma resposta mundial” contra a Coreia do Norte na sequência do novo disparo de um míssil balístico que qualificou de “imprudente violação das resoluções da ONU“.

“O disparo do míssil da Coreia do Norte é uma nova violação das resoluções das Nações Unidas” que impedem a Coreia do Norte de aperfeiçoar armamento, escreveu Stoltenberg numa mensagem difundida pela rede social Twitter.

O secretário-geral da Aliança Atlântica acrescenta que se trata de uma “grande ameaça à paz e à segurança internacional que exige uma resposta mundial“.

Novo míssil é “sinal de frustração”, diz Austrália

O primeiro-ministro australiano, Malcolm Turnbull, defendeu que o último míssil lançado pela Coreia do Norte figura como “um sinal de frustração” face às recentes sanções impostas pelo Conselho de Segurança da ONU.

“Isto é outro ato perigoso, imprudente e criminoso por parte do regime da Coreia do Norte que ameaça a estabilidade da região e do mundo e que condenamos totalmente”, afirmou Malcolm Turnbull ao canal Sky News da televisão por cabo da Austrália.

O primeiro-ministro australiano reiterou que se o regime de Pyongyang “quer desencadear uma guerra na península coreana ou atacar os Estados Unidos ou um dos seus aliados, estará a escrever um bilhete suicida“.

ZAP // Lusa

2 Comments

  1. (e vai ter “resposta adequada”), mais outra treta! Na prática esse assassino está-se a armar desta forma porque teve e terá quem tudo lhe forneceu para chegar a este ponto, China e Rússia serão certamente os dois maiores responsáveis, portanto isto de política é tudo uma farsa e que um dia irá mesmo terminar mal onde ninguém se ficará a rir do outro; incrível como o ser humano procura encontrar um planeta onde possa vir a viver e teima por todos os meios destruir aquele que tem por enquanto certo como habitat.

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.