Novo confinamento em Melbourne vai custar mais de 3 mil milhões

Sebastião Moreira / Lusa

O novo confinamento na cidade de Melbourne, após o ressurgimento de casos da covid-19, custará à Austrália cerca de 3.695 mil milhões de euros, indicaram as autoridades.

A segunda cidade mais populosa do país, com cerca de cinco milhões de pessoas, foi colocada esta madrugada, de novo, durante seis semanas em confinamento.

Além disso, as autoridades do estado de Victoria, cuja economia representa 23% do PIB nacional e cuja capital é Melbourne, também implementaram a medida no município de Mitchell, cerca de 77 quilómetros a norte da capital regional, com cerca de 44 mil habitantes.

“O custo é de cerca de mil milhões de dólares australianos (615 milhões de euros) por semana, e isto vai atingir duramente os negócios”, disse o chefe do gabinete do Tesouro do país, Josh Frydenberg.

Os estados de Victoria e Nova Gales do Sul, os mais populosos da Austrália, fecharam esta quarta-feira a fronteira comum.

A população daqueles dois estados é de 13,9 milhões, que representam mais de 50% do total da Austrália.

Este é o primeiro encerramento daquela fronteira em cerca de 100 anos e foi acordado num telefonema entre o chefe do executivo de Victoria, Daniel Andrews, o primeiro-ministro australiano Scott Morrison e a responsável do Governo de Nova Gales do Sul, Gladys Berijiklian.

A vigilância da fronteira, que se estende por 4.635 quilómetros, será da responsabilidade do estado de Nova Gales do Sul, que pediu ajuda militar.

O ressurgimento de covid-19 em Melbourne e subsequente reconfinamento, que as autoridades atribuem ao não cumprimento das medidas de quarentena nas instalações criadas para viajantes provenientes do estrangeiro, acrescentou 134 novos casos na quarta-feira e já ultrapassou 1.000 infetados.

A Austrália, que investiu mais de 13% do seu produto interno bruto em fundos de assistência e estímulo para lutar contra os efeitos da pandemia, é considerada por especialistas o terceiro melhor país na gestão da crise do novo coronavírus, depois da Coreia do Sul e da Letónia.

// Lusa

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