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Grécia e Austrália recuam na abertura de fronteiras. Marrocos isola cidade após recorde de casos

Stina Stjernkvist / EPA

Grécia e Austrália anunciaram neste fim-de-semana um recuo na abertura das suas fronteiras, enquanto que Marrocos isolou uma cidade após um número recorde de novas infeções de covid-19 registadas em 24 horas.

A Grécia anunciou o encerramento das fronteiras a todos os cidadãos sérvios até 15 de julho, devido ao aumento de casos de covid-19 na Sérvia. Na sexta-feira, a Sérvia voltou a declarar o estado de emergência na capital, Belgrado, após a forte alta de novos de casos do novo coronavírus que a cidade tem vindo a registar desde abril.

Segundo a porta-voz, Aristotelia Peloni, as autoridades gregas tomaram a decisão depois de terem analisado a situação epidemiológica no país e na Sérvia.

A Grécia, que conta com menos de 200 mortes associadas à pandemia do novo coronavírus, lançou uma campanha para estimular o turismo, que representa cerca de um quarto do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

À chegada à Grécia, os viajantes recebem um código de barras após preencherem um questionário, em que lhes são pedidos dados como o país de origem e informações sobre os países que tenham visitado nas duas últimas semanas. A Grécia está a efetuar uma média diária de 6.000 testes à covid-19, aos turistas que chegam ao país.

Segundo os dados oficiais mais recentes, a Sérvia registou, nas últimas 24 horas, mais 325 infeções de covid-19, o que eleva para 15.829 o total de contaminados, com o número de mortes a atingir os 306, já com os oito registados de sábado para domingo.

Também nas últimas 24 horas, a Grécia não registou qualquer óbito, mantendo um total de 192 mortes, tendo registado mais 28 casos, elevando o número global para 3.511.

Austrália também recua

Os estados de Victoria e Nova Gales do Sul, os mais populosos da Austrália, vão fechar a fronteira comum a partir da meia-noite de domingo, após um novo recorde de casos da Covid-19, anunciaram as autoridades locais.

O encerramento foi anunciado depois de o estado de Victoria ter registado 127 novas infeções nas últimas 24 horas, o maior número diário naquela região desde o início da pandemia, para além da morte de um homem de 90 anos.

Dos 127 novos casos, 53 tiveram origem nas três mil pessoas confinadas desde sábado em nove torres de habitação em Melbourne, capital do estado de Victoria, disseram as autoridades daquela região. A população dos estados de Victoria e Nova Gales do Sul é de 13,9 milhões, que representam mais de 50 por cento do total da Austrália.

Este é o primeiro encerramento daquela fronteira em cerca de 100 anos, e foi acordado num telefonema entre o chefe do executivo de Victoria, Daniel Andrews, o primeiro-ministro australiano Scott Morrison e a responsável do Governo de Nova Gales do Sul, Gladys Berijiklian, precisa a agência Lusa.

Cidade de Safi em quarentena

Já Marrocos anunciou neste domingo 698 novos casos de covid-19, o balanço diário mais elevado desde o início de março, com um foco de contágios numa fábrica de conservas em Safi, cidade que foi colocada em quarentena.

O balanço total é agora de 14.132 casos registados oficialmente desde que foi comunicado o primeiro caso, no início de março. Foram registados 234 mortos e 9.419 recuperados, segundo o Ministério da Saúde.

A maior parte dos novos casos deve-se a um foco de contaminação que surgiu numa fábrica de conservas de peixe (sul), uma cidade portuária com várias unidades fabris.

No sábado à noite, a cidade foi colocada em quarentena e os cerca de 300 mil habitantes ficaram em confinamento total, anunciaram as autoridades locais.

O país, com 35 milhões de habitantes, acelerou o desconfinamento no passado dia 25 de junho, com a reabertura de cafés, restaurantes, hotéis e com o recomeço do turismo interno e deslocações entre cidades. As medidas restritivas, que tinham entrado em vigor em meados de março para conter a pandemia, tinham já sido aliviadas em duas etapas.

O estado de emergência foi prolongado até 10 de julho, o uso de máscaras de proteção continua a ser obrigatório e as fronteiras permanecem fechadas “até nova ordem”.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 530 mil mortos e infetou mais de 11,2 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela AFP.

ZAP // Lusa

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