Erik S. Lesser / EPA
Durante três horas e meia, os oito finalistas de um concurso de soletração americano levaram o juiz à exaustão e acabaram por ser todos nomeados vencedores pela primeira vez na história da competição.
Se em Portugal, um concurso de soletração é uma realidade um pouco distante, nos Estados Unidos é levado muito seriamente. Esta quinta-feira disputou-me mais uma edição do Scripps National Spelling Bee, onde todos os participantes têm menos de 15 anos.
O inacreditável aconteceu quando foram nomeados, pela primeira vez, oito vencedores. Os participantes soletraram palavras indicadas pelo júri durante três horas e meia sem errarem uma única vez, até que, finalmente, foi declarado um empate técnico. Ao todo participaram 562 crianças.
“O Dr. Bailly acabou de anunciar que estamos em território desconhecido”, escreveu a conta oficial da competição no fim da 17ª ronda. “Não ficamos sem palavras, mas podemos ficar sem palavras para desafiar os nossos soletradores mais célebres da competição“.
Assim sendo, quem chegasse até à ronda 20 seria automaticamente considerado vencedor. De acordo com a Vox, a decisão parece ter sido tomada por improviso, uma vez que nunca tinha acontecida nada do género na competição.
O livro de regras não permite “mais do que 25 rondas de soletração envolvendo apenas três ou menos participantes”. Assim sendo, ao fim dessas 25 rondas, todos os que ainda não tivessem errado, seriam considerados campeões, numa espécie de empate técnico. O problema é que ainda sobravam mais do que três participantes e o júri estava a ficar sem palavras desafiantes.
No concurso foram usadas palavras como “callejón”, “onfalópsico” e “auftaktigkeit”, que apesar da sua evidente dificuldade não conseguiram abalar as capacidades de soletração dos jovens participantes.
Rishik Gandhasri, Erin Howard, Saketh Sundar, Shruthika Padhy, Sohum Sukhatankar, Abhijay Kodali, Christopher Serrao e Rohan Raja foram assim os grandes vencedores e conseguiram levar para casa 50 mil dólares cada um.
