Comissão Nacional de Acesso ao Ensino Superior defende que só devem ir a exame as disciplinas precisas para entrar nos cursos

Rodrigo Antunes / Lusa

O responsável da Comissão Nacional de Acesso ao Ensino Superior acredita que ainda é cedo para se voltar ao normal.

Em entrevista ao Público, Fontainhas Fernandes, presidente da Comissão Nacional de Acesso ao Ensino Superior, defendeu que as regras usadas para as candidaturas nos últimos dois anos devido à covid-19 se repitam este ano.

O dirigente considera que o ano letivo tem sido “turbulento” e que está “longe de ser normal”, já que tem havido “muitos estudantes em confinamento”, por isso as regras devem ser as mesmas: “Não devemos voltar já à normalidade anterior à covid-19”.

Com as mudanças nas regras trazidas pela pandemia, os estudantes não têm de fazer exame nacional a todas as disciplinas que, em circunstâncias normais fariam, sendo apenas submetidos à prova naquelas que precisam para entrar nos cursos do Ensino Superior a que se querem candidatar.

Muitos especialistas acreditam que esta medida ajudou a que mais alunos se candidatassem às Universidades e aos Politécnicos no último ano letivo.

O presidente da CNAES vai voltar a liderar um grupo de trabalho, nomeado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, que vai dar conselhos à tutela sobre as regras que devem ser adoptadas no ingresso nas instituições de Ensino Superior no próximo ano letivo. O despacho de constituição do grupo de especialistas foi publicado esta quarta-feira em Diário da República.

Até agora, a única certeza que há sobre os exames nacionais do próximo ano letivo é que vão manter a mesma estrutura usada nos últimos dois anos, com um grupo de perguntas de resposta opcional e outro obrigatório.

Esta solução foi criada para colmatar as diferenças nas aprendizagens que os confinamentos e o ensino à distância trazidos pela pandemia causaram. A confirmação foi dada pelo Instituto de Avaliação Educativa (IAVE) em Outubro

Fontainhas Fernandes considera que é “prematuro saber o que vai acontecer nas escolas face à evolução da pandemia“.

ZAP //

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