Combate à corrupção é linha vermelha para o PAN apoiar solução governativa

Manuel Farinha / Lusa

O líder do Partido das Pessoas, dos Animais e da Natureza, André Silva

O porta-voz do PAN afirmou esta quinta-feira, em Faro, que o combate à corrupção e a criação de mecanismos de transparência será uma das linhas vermelhas do partido para viabilizar uma solução governativa.

Questionado sobre o processo de Tancos, em que o ex-ministro da Defesa Azeredo Lopes foi acusado de quatro crimes, André Silva preferiu falar da sua visão para o país, defendendo que uma das linhas vermelhas do PAN para aprovar uma solução governativa após as eleições será o combate à corrupção e a criação de mecanismos de transparência.

“Quando me falam muitas vezes em linhas vermelhas para a aprovação ou acompanhamento de uma solução governativa, a visão para o país sobre os mecanismos de transparência, de representação e conflito de interesses e de combate à corrupção tem de ser alterada”, vincou o cabeça de lista do PAN por Lisboa, que falava após a participação no Fórum TSF, no centro de Faro.

Para André Silva, “tem que haver uma capacidade de convergência dos outros partidos relativamente a esta matéria de uma vez por todas, porque isto é só proclamatório e nada tem mudado no nosso país”.

“Há, de facto, a evidência que, nos sucessivos Governos, existem pessoas e governantes a praticar atos ilícitos. Muitas vezes a condução dos processos é morosa, muitas vezes não dão em nada e temos que criar mecanismos de maior transparência para combater a corrupção”, acrescentou.

Segundo o porta-voz do PAN, o combate à corrupção “vai ser uma das prioridades” do partido, defendendo mais dotação de meios para a Polícia Judiciária e Ministério Público e recordou a proposta do partido de criação de tribunais especializados neste tipo de crimes para garantir que os processos não se arrastam no tempo.

Quanto à possibilidade de apoiar um Governo PS, André Silva voltou a dizer que o PAN está “disponível para conversar com todos os partidos”, notando que o programa e projeto do seu partido “são bastante diferentes dos outros partidos e não se assemelham à visão que o PS e o PSD têm para o país em determinadas áreas”, não prevendo “que a convergência possa ser facilitada”.

// Lusa

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