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“Cofres cheios” do Estado atingem valor histórico

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Ricardo Graça / Lusa

A ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque

As reservas de dinheiro do Estado em forma de depósitos bancários nunca antes atingiram valores tão altos como agora. Um “valor histórico de 17,3 mil milhões de euros”, apurou o Dinheiro Vivo.

Estes “cofres cheios”, conforme fez questão de salientar recentemente a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, provocam um agravamento na dívida pública, mas são essenciais para combater eventuais acontecimentos negativos na economia europeia, nomeadamente relacionados com a situação complexa que não desata na Grécia, permitindo a Portugal fazer face a possíveis problemas de financiamento.

O Dinheiro Vivo nota que “esta reserva foi usada para garantir a chamada “saída limpa” do programa de ajustamento há um ano, mas desde então não parou de crescer”, acumulando “mais 47%”.

Uma circunstância que deixa a dívida pública nos “208,8 mil milhões de euros, quase mais cinco mil milhões que em  2014″, frisa a mesma fonte.

A Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) divulgou nesta terça-feira que o Governo utilizou “apenas uma parte muito residual” da almofada financeira constituída para este ano, de cerca de 970 milhões de euros, para o pagamento de despesas, conforme noticia a Lusa.

No Orçamento do Estado para 2015, o Governo alocou 533,5 milhões de euros para a dotação provisional e mais 435,6 milhões de euros para a reserva orçamental, que constituem o montante global que o executivo guarda no orçamento para acomodar a eventuais imprevistos que surjam ao longo do ano.

Até abril, apenas uma parte muito residual destas dotações foi utilizada em despesa efectiva”, lê-se na nota da UTAO sobre a síntese da execução orçamental relativa aos primeiros quatro meses do ano, a que a Lusa teve acesso.

Isto quer dizer que, se o Governo mantiver esta almofada financeira até ao final do ano, este valor vai contribuir positivamente para as contas públicas, uma vez que vai abater ao défice orçamental apurado no final do ano.

ZAP, Lusa

16 Comments

  1. Têm os cofres cheios e ainda não pagaram às pessoas 1 cêntimo do IRS do mês de Maio, nem devolvem o IVA às Empresas dentro do prazo máximo estipulado por Lei, é uma pouca vergonha, é por estas e por outras que desta vez não vão ver o meu voto nas Legislativas, é tudo uma cambada sem vergonha na cara!

    • É isso mesmo que se esquecem de dizer, como convém. Todo este dinheiro têm juros altíssimos que seremos nós a pagar. O país nem assim desenvolve e até gostava de saber qual a dotação em que aplicaram algum dinheiro.

  2. HeHe a conta de quem trabalha pois os gastos do estado subiram, pouca vergonha é favor para quem come o dinheiro dos contribuintes sem nada dar em troca a quem trabalha, os únicos que recebem algo são os abutres dos subsídios que vivem a custa do resto do pais ,não digo os que necessitam mesmo mas daqueles que disso fizeram vida.

  3. Impressionante esta Ministra, confesso que o risco sistémico da Grécia Falir, leva-nos a endividamentos necessários para manter reservas para situações futuras menos favoráveis da conjuntura europeia. Todavia pergunto-me à Senhora Ministra, estas reservas (que grande parte veio pela emissão de títulos de dívida pública) quanto é que importam ao país relativamente aos juros que estão a pagar para manter estas reservas e aumentar o nosso endividamento, e será que vale a pena??? em prol de uma futura conjuntura económica menos favorável. Confesso que é altamente interessante financiar-se a juros tão baixos como assistimos, contudo nunca ouvi falar endividar-se e pagar juros, só para constituir reservas para pagar dívida futura… Sinceramente Senhora ministra face a limpeza da casa e equilibre as contas, pois as famílias e as empresas não se endividam para pagar dívidas, ou então faça novamente o que fez à uns meses atrás, peça à troika para pagar dívida antiga com juros altos, com estas reservas de juros baixos.

  4. Cheios….com que custos? Cheira ao negócio das vacinas. Para precaver “um surto” portugal teve de chimpar para depois ter de vacinar todos para escoar stock…

    Aposto que este dinheiro não veio a custo zero!

  5. Até parece o efeito conhecido dos descontos 50% de pingos e contenente… Folia pura para alguns… E então qdo o bacalhau está escasso, até dá direito a especulação. Confirma-se que há clientes para tudo! Tudo se vende. Então aqui, sem custo de “stokagem”

  6. Eles têm os cofres cheios mas não se lembram que há cidadãos que, devido aos cortes, cairam em situação de incumprimento perante instituições bancárias, tendo agora os seus bens/salários penhorados. Que lhes servisse de veneno.

  7. Ainda não estão suficientemente cheios. Quando cortarem as reformas aos velhotes, ainda enchem mais. Dá para comprar mais dois submarinos, que o País tanto necessita, e ainda haver uns trocos para os Drinks.

  8. Ninguém percebe nada de finanças publicas mas não se coíbem de enviar patacoadas. A maioria pouco mais terá que o secundário. Pela primeira vez estamos a fazer esforços de consolidação e a seguir uma politica de finanças publicas sustentável e mesmo assim só vejo criticas. Claro que o país está mal e que os sacrifícios são de todos mas se queremos pensar num futuro melhor para nós e os nossos filhos ou netos, temos é que exigir justiça contra a corrupção e o crime organizado, e apoiar aqueles que defendem as nossas contas e uma estratégia de crescimento sustentável.

    • …Não sei se antes se depois do “secundário” encontra-se certa borregada do “5º poder” longe do dever de informar.

  9. “Hades” explicar a esta pobre gente que não “percebe nada de finanças publicas” como é que se esvazia os cofres cheios de nada pra não dizer de valores negativos.É com lérias destas que se convence o pagode que quando sairem deixam muito dinheiro nos cofres e os que chegam depressa o desbaratam.Chama-se a isto de encher a pança, sair sem pagar dizendo que deixou o dinheiro pra pagar e se desapareceu foi alguém que o roubou “esforços de consolidação seguindo uma politica de finanças publicas sustentável”. uch, uch canzoada vai ladrar pró quintal do tê dono.

  10. “Cofres cheios” do Estado atingem valor histórico devido ao oxigénio acumulado e improprio de ser consumido.
    Se esta individua não tivesse cara de pau o eleitorado podia estar mais informado.
    Os políticos portugueses se é que os há têm é pouca vergonha na cara.

  11. No início de Junho de 2015, a coligação de interesses dos Exploradores/corruptos/parasitas tinha este discurso e porquê? Eu confesso, como o meu QI é demasiado baixo tenho dificuldade em encontrar respostas; o mesmo problema tive recentemente: devolução da sobretaxa do IRS com bónus, 35% em Setembro, 0% em Outubro…

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