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Co-piloto do avião da Malásia tentou fazer chamada

Devon Dow / U.S. Pacific Fleet

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O co-piloto to voo MH370 da Malaysia Airlines fez uma chamada do seu telemóvel na manhã do dia 8 de março quando passava perto da ilha de Penang, na Malásia, cerca de 300 quilómetros do local onde o avião desapareceu, de acordo com informações avançadas pela imprensa malaia.

O avião estaria já a uma altitude suficientemente baixa para conseguir captar o sinal para telecomunicações.

A chamada do co-piloto Fariq Abdul Hamid terá sido interrompida abruptamente, provavelmente “porque o avião estaria a mover-se rapidamente para longe da torre de telecomunicações mas não suficientemente perto da torre seguinte”, de acordo com fontes do site NST.

Outra fonte afirma que o sinal poderá não ter correspondido necessariamente a uma chamada, mas sim à ligação do telemóvel à rede de telecomunicações, por exemplo, caso tenha sido ligado sem estar em modo de voo.

Ainda não se sabe quem Hamid estaria a tentar contactar. A última comunicação do piloto através da aplicação WhatsApp foi efetuada a 7 de março, às 23h30, logo antes de iniciar o voo de 6 horas rumo a Pequim, com um contacto que aparecia frequentemente nos registos de chamadas.

Sinais estão a desaparecer rapidamente

Entretanto, os sinais que podem estar a vir do voo MH370, da Malaysia Airlines, estão “a desaparecer rapidamente” e encontrar a caixa negra da aeronave será uma “tarefa gigantesca”, advertiu o primeiro-ministro da Austrália, Tony Abbott.

O primeiro-ministro disse estar confiante de que os pings detectados pelas equipas de buscas seriam da caixa negra do avião desaparecido. Pings são pequenos sinais de dados emitidos a partir da caixa negra de um avião.

As baterias do dispositivo só são projetadas para durar um mês e as do vôo da Malásia, desaparecido a 8 de março, poderão perder energia, se já não tiverem perdido. O avião fazia a rota de Kuala Lumpur, na Malásia, a Pequim, na China, quando desapareceu com 239 pessoas a bordo. Tudo indica que tenha caído no sul do Oceano Índico, mas até agora nenhum destroço foi encontrado.

As buscas envolvem mais de 20 países e estão sendo comandadas pela Austrália e coordenadas a partir da cidade australiana de Perth.

Tom contido

Os comentários de Abbott soaram mais contidos se comparados com o tom otimista demonstrado por si mesmo na sexta-feira, quando se disse “muito confiante” de que os sinais captados por uma embarcação autraliana eram do Boeing 777 desaparecido.

“Tentar localizar qualquer coisa a 4.500 metros abaixo da superfície do oceano, a cerca de mil quilómetros da terra é uma tarefa gigantesca, gigantesca”, afirmou.

“Visto que os sinais da caixa preta estão a desaparecer rapidamente, o que estamos a fazer agora é tentar detectar o máximo possível de sinais, para que possamos estreitar as áreas de buscas para a menor área possível”, acrescentou Abbott.

O primeiro-ministro acrescentou que um micro-submarino não tripulado munido de um sonar seria enviado para realizar uma busca no fundo do oceano, mas só assim que as equipas de resgate estiverem confiantes em relação à área identificada – mas recusou-se a dizer quando isso deverá acontecer.

Sinais “consistentes” e outros

Após analisar dados dos satélites, autoridades acreditam que o navio saiu da sua trajetória por alguma razão ainda desconhecida e caiu no sul do Oceano Índico, a oeste da região costeira da Austrália.

Dois sons captados na semana passada pela embarcação australiana Ocean Shield foram considerados “consistentes” com os sinais emitidos por caixas pretas. Dois outros pings foram detectados na mesma área na terça-feira.

Na quinta-feira, uma aeronave australiana registou um sinal de áudio na mesma área em que os outros quatro sinais haviam sido captados anteriormente, mas agora as autoridades acreditam que eles não estariam ligados aos sinais das caixas pretas.

As buscas subaquáticas pelo avião concentram-se atualmente numa área de 1.300 quilómetros.

ZAP/ BBC

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