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“Clusters de casos.” Depois de Moscovo, vírus alastra para o resto da Rússia

Yuri Kochetkov / EPA

Mais de metade dos casos confirmados são em Moscovo. No entanto, o vírus está a alastrar-se naquele que já é o segundo país mais afetado pela pandemia.

A Rússia já conta com 180 mil casos de infeção pelo novo coronavírus, e mais de metade foram registados em Moscovo, que já é conhecida como um dos epicentros mundiais da pandemia, com 142.824 casos. De acordo com a CNN, não existe uma região onde ainda não tenha sido confirmado pelo menos um caso.

A situação no país está a tornar-se cada vez mais complicada à medida que os novos focos de infeção se localizam nas regiões mais pobres. O Presidente russo já informou que a decisão sobre se se devem manter ou não as medidas restritivas deverá ser tomada localmente.

“Temos um grande país. A situação epidemiológica varia de região para região. Já antes tivemos isso em conta, e agora, na fase seguinte, temos de agir de forma ainda mais específica e cuidadosa”, disse Vladimir Putin.

Em relação ao número de mortos, que é muito reduzido (2.631 no total), as autoridades russas garantem que não há manipulação de estatísticas nem ocultação de cadáveres.

A propagação do vírus na Rússia é definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como “clusters de casos” e não “transmissão na comunidade”. À medida que o foco da doença se desloca da capital para as outras regiões do país, o receio de que o sistema de saúde não aguente também aumenta.

No YouTube, uma jornalista russa publicou um vídeo no qual revela as condições precárias em que trabalham os médicos em Ivanteyevka, uma cidade a apenas 16 quilómetros de Moscovo.

ZAP //

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