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Cientistas precisam da nossa ajuda para identificar novos exoplanetas

NASA

Se sempre sonhou descobrir um planeta, está aqui a sua oportunidade. Cientistas estão a pedir ajuda para identificar novos exoplanetas.

Este projeto online, chamado “Planet Hunters Next-Generation Transit Search” (NGTS), está a contar com a ajuda do público para examinar cinco anos de filmagens digitais, que mostram algumas das estrelas mais brilhantes no céu.

As pessoas interessadas têm uma missão: localizar estrelas que escurecem por breves momentos, o que pode sugerir que um planeta está a passar à frente delas.

“Se a órbita de um exoplaneta for vista do ângulo certo a partir da Terra, podemos observar o planeta a passar diretamente à frente da sua estrela hospedeira, uma situação a que chamamos de trânsito. Isto faz com que o planeta bloqueie periodicamente uma parte da luz das estrelas que observamos”, explica, em comunicado, Meg Schwamb, astrónoma da Escola de Matemática e Física da Queen’s University Belfast, que lidera o projeto.

Segundo a astrónoma, “a cada 10 segundos, os telescópios NGTS captam a luz de mil estrelas no céu em busca de assinaturas reveladoras do trânsito de um exoplaneta” e os computadores do projeto analisam essas observações em busca desses sinais.

Só que os “algoritmos automatizados produzem uma enorme quantidade de possíveis eventos de trânsito, que depois precisam de ser analisados pela equipa para confirmar se são reais ou não”.

Enquanto os investigadores do NGTS analisam os objetos mais interessantes identificados pelos computadores, os interessados neste projeto podem captar outros sinais dos planetas em trânsito, pois a equipa acha que ainda podem haver planetas escondidos nos dados que os seus computadores perderam.

Segundo o projeto, os interessados não precisam de fazer nenhuma candidatura e basta terem acesso à Internet para começarem a mergulhar nos dados disponíveis.

É emocionante poder envolver o público na nossa busca por planetas à volta de outras estrelas. Nós controlamos os telescópios NGTS da Universidade de Warwick e processamos todos os dados, mas temos a certeza de que os nossos programas estão a falhar alguns planetas. E provavelmente esses serão os mais interessantes”, explicou na mesma nota Peter Wheatley, professor de Astronomia e Astrofísica da universidade inglesa.

“Os humanos ainda são mais espertos do que as máquinas, portanto, mal posso esperar para ver o que nossos voluntários irão descobrir”, disse ainda.

O NGTS é uma colaboração entre a Universidade de Warwick, a Queen’s University Belfast, a Universidade de Cambridge, a Universidade de Leicester (Reino Unido), o Observatório de Genebra (Suíça), o Centro Aeroespacial Alemão, o Observatório Europeu do Sul (Alemanha), a Universidade do Chile e a Universidade Católica do Norte (Chile).

ZAP //

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