Investigadores da universidade japonesa de Nagasaki desenvolveram um método simples e barato que pode detetar a presença do vírus Ébola em meia hora.
Desenvolvido por cientistas em conjunto com a empresa Eiken, o novo método ajudará a detetar, de forma mais rápida, o vírus, que pode levar à morte e que está a afetar gravemente vários países da África Ocidental, onde já causou mais de 1.500 mortes.
O novo exame, que utiliza uma substância desenvolvida para detetar apenas os genes específicos do vírus, amplificando-os ou aumentando-os, pode ser feito num tubo de ensaio aquecido até 60ºC ou 65ºC.
Para a realização de todo o processo é necessária apenas uma pequena pilha, sendo assim adequado para as regiões afetadas pelo Ébola, disse o responsável pelo Departamento de Doenças Infeciosas da Universidade de Nagasaki, Jiro Yasuda.
O procedimento mais utilizado atualmente, o teste molecular RT-PCR, demora até 24 horas, requer uma equipa dedicada e fornecimento estável de eletricidade, o que torna difícil aplicá-lo nas regiões com escassa infraestrutura energética.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que a epidemia do Ébola, que afeta a África Ocidental, é uma das emergências sanitárias mais complexas dos últimos anos, e que são necessários pelo menos 490 milhões de dólares (cerca de 375 milhões de euros) para tentar conter os contágios, que estão a aumentar de forma significativa.
No atual surto, o vírus do Ébola contagiou 3.069 pessoas, das quais 1.552 morreram, de acordo com o mais recente levantamento da OMS.
/Lusa
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