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Cientista diz que devemos contaminar Marte com micróbios

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Uma equipa da investigação está a propor uma grande mudança filosófica no nosso pensamento sobre a propagação de micróbios terrestres no Espaço – e em Marte, em particular.

Num artigo publicado no mês passado na revista especializada FEMS Microbiology Ecology, Jose Lopez, microbiólogo e professor da Universidade Nova Southeastern, na Florida, nos Estados Unidos, juntamente com os colegas W. Raquel Peixoto e Alexandre Rosado da Universidade Federal do Rio de Janeiro, propôs uma “grande revisão” à atual filosofia por trás das políticas de exploração espacial e proteção planetária, no que se refere à disseminação de microorganismos no espaço.

Em vez de se preocupar em contaminar corpos celestes estrangeiros – algo que a NASA e outras agências espaciais têm muito cuidado para evitar -, Lopez e os seus co-autores defendem que devemos enviar deliberadamente os nossos germes para o espaço sideral e que a disseminação dos nossos micróbios deve fazer parte de uma estratégia maior de colonização para domesticar o clima em Marte.

Um argumento-chave proposto pelos investigadores é que a prevenção da contaminação é uma “quase impossibilidade”, como os autores mencionam no estudo, de acordo com o Gizmodo.

Uma mudança de política como esta teria um forte contraste com o pensamento convencional sobre o assunto. Alguns dos especialistas com quem o portal falou disseram que os protocolos atualmente em vigor para impedir a contaminação de outro planeta provavelmente estão a funcionar e não devemos desistir com tanta facilidade. Além disso, os especialistas disseram que ainda são precisos muitos estudos em Marte e outros lugares antes de começar a considerar essa possibilidade irrecuperável.

Atualmente, a grande comunidade científica concorda com a necessidade de evitar a contaminação microbiana de corpos planetários como Marte. A NASA, a ESA e outras agências espaciais esterilizam cuidadosa e dispendiosamente os seus instrumentos antes de lançá-los em direção a alvos celestes vizinhos.

A filosofia da proteção planetária, ou PP, remonta ao final da década de 1950 e ao estabelecimento do Comité de Pesquisa Espacial (COSPAR), criado pelo Conselho Internacional de Sindicatos Científicos. A COSPAR, entre outras questões, desenvolve recomendações e protocolos projetados para proteger o espaço dos nossos micróbios.

De maneira semelhante, o Tratado do Espaço Exterior da ONU, que foi assinado por mais de 100 nações, declara especificamente: “Os Estados parte no Tratado deverão realizar estudos sobre o espaço sideral, incluindo a lua e outros corpos celestes, e conduzir a sua exploração, a fim de evitar a sua contaminação prejudicial e também mudanças adversas no ambiente da Terra resultantes da introdução de matéria extraterrestre e, se necessário, adotará medidas adequadas para esse fim”.

A lógica principal por trás desse pensamento é que os germes têm o potencial de contaminar lugares cientificamente importantes no sistema solar, prejudicando a nossa capacidade de detetar a vida microbiana indígena em Marte e outros mundos.

Encontrar vestígios de DNA ou RNA em Marte, por exemplo, não significaria automaticamente que se originaram da Terra, pois as moléculas podem representar um bloco de construção fundamental e omnipresente da evolução no Universo. Teme-se que a vida terrena invasora possa destruir um ecossistema alienígena antes de conseguirmos estudá-lo.

Por outro lado, Lopez e os colegas acreditam que será quase impossível impedir que os nossos germes invadam os lugares que estamos a explorar, para que possamos ter uma discussão racional sobre como usar os microorganismos da melhor maneira possível. Especificamente, os autores referem-se à perspetiva de terraformação – a prática hipotética de geoengenharia de um planeta para torná-lo mais parecido com a Terra.

“A introdução microbiana não deve ser considerada acidental, mas inevitável”, disse Lopez em comunicado divulgado pelo EurekAlert. “Levantamos a hipótese da quase impossibilidade de explorar novos planetas sem transportar e/ou deixar nenhum viajante microbiano”.

Na Terra, os microorganismos são críticos para muitos dos processos que sustentam a vida, como decomposição e digestão – e até o clima da Terra. O artigo argumenta que os melhores micróbios para o trabalho podem ser extremófilos – organismos que são hipertensos aos ambientes mais extremos e até prosperam neles, como tardígrados.

Por outro lado, recorda o Futurism, os investigadores ainda não sabem que micróbios ajudariam – em vez de prejudicar – os esforços para terraformar Marte.

ZAP //

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1 Comment

  1. O geral da humanidade, expressa na sua mentalidade, vive como se nunca morressem e morrem como se nunca tivessem vivido.

    Andam à “caça” de vida noutros planetas e este está cheio de vida nas suas diferentes dimensões a que a ciência chama de Realidades Paralelas, mas que eu digo que são Realidade Paralelas Virtuais.

    Todo o Multiverso é uma Projeção Holográfica. Significa que nada é Real ou se trata tão somente de Multi Realidades Virtuais. Existimos dentro dessa Multi Realidade Virtual.

    Imagine-se um Jogo Holográfico e depois a possibilidade de viver dentro dele. É isso que ocorre com a Experiência Humana.

    Todo o MultiVerso é Pura Tecnologia Holográfica. Porém, com Múltiplas Sub Realidades Virtuais.

    Cada Sub Dimensão é uma ambiente que configura vida diferente da que conhecemos.

    Enquanto ainda estamos na dúvida se há vida inteligente em outros planetas, já Civilizações mais Avançadas sabem da nossa existência e interagem com muitos de nós.

    É preciso ser bem cego para não perceber isso. Vejo-vos a patinar na maionese.

    Enquanto não entenderem o quanto tudo no Universo é Virtual ou Realidade Virtual, não conseguirão perceber como a que ponto estão presos a esta Realidade Virtual à qual chamam de Vida Humana a ponto de não perceberem o óbvio.

    O Nosso Planeta está rodeado de Vida Extraterrestre, tanto fora como dentro dele.

    O Próprio Tempo e Espaço são Realidades Virtuais Holográficas.

    Será assim tão difícil de entender?

    Vida Extraterrestre?

    Perfeitamente. Existem em Diferentes Realidades Virtuais Paralelas.

    Ainda duvidam?

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