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Cidade perdida na Etiópia pertencia a império rival do de Roma

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Ioana Dumitru

Foi encontrada na Etiópia uma cidade perdida há mais de um milénio. Beta Samati pertencia ao Império de Axum, que rivalizava com Império Romano.

Escavações feitas por arqueólogos na Etiópia desvendaram uma antiga cidade que esteve inabitada durante mais de 1400 anos. A cidade pertencia ao poderoso Império de Axum, um reino que dominava o leste do continente africano e que rivalizou com o Império Romano.

“Esta é uma das civilizações antigas mais importantes, mas as pessoas não sabem disso”, diz Michael Harrower, da Universidade Johns Hopkins. “Para além do Egito e do Sudão, é a primeira sociedade complexa ou grande civilização de África“, acrescentou. O estudo foi publicado em dezembro na revista científica Antiquity.

Os especialistas ainda não sabem ao certo como é que esta civilização evoluiu desta forma. O Império de Axum é dono da mais antiga escrita e arquitetura da África Subsariana. Por isso mesmo, os arqueólogos acharam que Yeha, no norte da Etiópia, onde acreditam que a civilização cresceu, guardasse segredos ainda por conhecer.

Harrower e a sua equipa provaram estar certos. Durante as escavações encontraram uma rede de paredes de pedra que restava dos edifícios. Ao contrário do Império Grego e Romano, onde muitos sítios foram explorados e estudados, o Império de Axum ainda tem muito por explorar e descobrir.

Segundo o New Scientist, os investigadores batizaram a cidade de Beta Samati. Jacke Phillips, um dos autores do estudo, realça que é uma descoberta altamente significante. “A maioria dos sítios arqueológicos conhecidos de Axum são escavações antigas, feitas à pressa e mal publicadas segundo os padrões de hoje”, reconhece o arqueólogo.

Os autores do estudo concluíram que Beta Samati existiu num período pré-Axum e esteve inabitada durante a ascensão do Império. Foram encontrados restos de vários edifícios da cidade, nomeadamente aquilo que se pensa ser uma basílica. Axum começou por ter uma religião politeísta, mas durante o século IV foi convertido ao Cristianismo.

Destaque ainda para um anel encontrado, feito de liga de cobre e coberto com uma folha de ouro. No centro, tem uma pedra vermelha com a imagem da cabeça de um touro gravada. “Parece-se muito com um anel romano, exceto pelo estilo da insígnia do touro”, realça Harrower.

ZAP //

2 Comments

  1. “Axum começou por ter uma religião poliglota, mas durante o século IV foi convertido ao Cristianismo.” ???

    Algo de errado não está muito certo nesse contexto…

    -Não seria Politeísta?

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