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Cidade italiana proíbe forno a lenha para conter poluição

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Uma cidade italiana proibiu temporariamente o uso do forno a lenha – uma decisão que afecta fortemente a forma tradicional de preparar um dos pratos típicos da gastronomia do país: a pizza.

O objectivo, segundo as autoridades de San Vitaliano, nos arredores de Nápoles, no sul de Itália, é conter a poluição crescente.

Um decreto assinado pelo presidente da Câmara da cidade proíbe o uso de fornos a lenha em padarias e restaurantes, incluindo pizzarias, a não ser que os proprietários dos estabelecimentos usem filtros especiais para reduzir a emissão de gases.

A medida foi tomada pela “preocupação extrema” com a degradação da qualidade do ar e estará em vigor até 31 de março do ano que vem.

A medida pode vir a ser reintroduzida no futuro, se os sistemas de filtragem do ar se provarem ineficientes para reduzir a poluição, acrescentaram as autoridades.

Segundo a BBC, quem for apanhado a infringir a proibição pode ser multado em até 1.032 euros.

A baixa qualidade do ar é um problema de longa data em San Vitaliano. Segundo o jornal local Il Mattino, a cidade é mais poluída do que Pequim.

Este ano, o nível de poluição em San Vitaliano é 114 vezes superior ao limite tolerado, contra 86 vezes em Milão, outra cidade italiana conhecida por ser extremamente poluída.

Mas nem todos estão convencidos de que os fornos a lenha sejam os verdadeiros culpados pelos altos índices de poluição. Habitantes da cidade e pizzaiolos realizaram no último domingo um protesto em frente à Câmara Municipal da cidade para fazer pressão pelo fim da proibição.

“Não podemos ser acusados pela poluição”, disse ao jornal italiano Corriere della Sera um dos manifestantes.

Nápoles tem mais pizzarias do que San Vitaliano, e não tem o mesmo nível de poluição. É claro que eles não querem revelar a verdadeira causa da poluição”, diz o manifestante.

“Esta lei é um erro e vai-nos custar muito caro”, acrescenta.

ZAP / BBC

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