Alvaro Cabrera / EPA
As equipas de resgate continuam a procurar Julen Jiménez, a criança de dois anos que caiu no domingo num poço em Málaga. Depois de horas de trabalho, as equipas optaram por suspender a construção de um túnel horizontal, anunciando nesta quinta-feira que vão antes construir dois furos verticais.
De acordo com o El País, a equipa de resgate está já a trabalhar na plataforma para escavar dois túneis verticais paralelos, mantendo ainda assim em cima da mesa a opção de um outro poço horizontal. A criança estará a 80 metros de profundidade.
Fontes do dispositivo, citadas pela agência espanhola EFE, garantiram que o poço já está canalizado e que os problemas que surgiram na construção do túnel horizontal devem-se a deslizamentos. Por esse mesmo motivo, e tendo em conta as previsões de chuva para os próximos dias, optaram pelas cavidades verticais. A agência noticiosa nota ainda que as equipas envolvidas nunca enfrentaram uma situação “tão limite” como esta.
“Quanto mais pontos de acesso ao poço melhor”, referiu Ángel García Vidal, coordenador da equipa de resgate. “O importante é chegar ao local [onde está Julen] o mais rápido possível, seja por uma opção ou por outra”, explicou esta quinta-feira o delegado do Colégio de Engenheiros de Minas do Sul em Málaga, Juan López Escobar.
O responsável assumiu que o resgate do menino de dois anos que caiu no domingo num poço em Totalán é uma “questão de dias e não de horas“. Em igual sentido, o jornal espanhol nota que em condições normais a perfuração das cavidades demoraria 12 horas, mas tendo em conta as condições do terreno é impossível estimar um período de tempo.
Tal como nota a BBC, não foram ainda confirmados sinais de vida vindos do poço, tendo sido apenas encontrado um cabelo cuja análise de ADN revelou ser de Julen.
A criança, de dois anos, caiu no domingo num poço junto à necrópole da Tumba Del Moro, local turístico em Málaga, na região da Andaluzia. Uma centena de pessoas participam da operação de resgate da criança desde as 14:00 de domingo, quando o pai do menino e o serviço 112 avisaram a Guarda Civil que ele tinha caído no poço, um buraco para prospeção e busca de água naquela zona de serra.
