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China regressa à Terra com amostras inéditas da face oculta da Lua

CNSA HANDOUT/EPA

Chang’e-6

Projétil no topo do módulo levará as amostras até à nave em órbita num recipiente de vácuo de metal, que será transferido para uma cápsula de reentrada. Cápsula deve regressar à Terra no próximo dia 25.

A China descolou esta terça-feira com êxito da superfície lunar, transportando amostras do lado mais afastado da Lua, um feito considerado inédito, noticiaram os meios de comunicação estatais.

A “sonda chinesa Chang’e-6 descolou da superfície lunar na manhã desta terça-feira, transportando amostras recolhidas no lado mais distante da Lua, um feito sem precedentes na história da exploração lunar humana“, disse a agência de notícias oficial chinesa Xinhua, citando a Administração Espacial chinesa.

A Chang’e 6, lançada no início de maio do Centro de Lançamento Espacial de Wenchang, na ilha tropical chinesa de Hainão (sul), pousou como planeado na imensa bacia Aitken, no polo sul lunar, uma das maiores crateras de impacto conhecidas no sistema solar, afirmou a Administração Espacial chinesa.

Esta missão é a sexta do programa chinês de exploração da Lua Chang’e, nomeado em homenagem à deusa chinesa da Lua, e será a segunda a trazer amostras lunares de volta à Terra, após uma primeira no lado próximo do corpo celeste, em 2020.

Na nova missão, o módulo irá usar um braço mecânico e um perfurador para recolher até dois quilogramas de material de superfície e subterrâneo, a enviar de volta à Terra numa cápsula que está atualmente a orbitar a Lua.

Um projétil no topo do módulo levará as amostras até à nave em órbita num recipiente de vácuo de metal, que será transferido para uma cápsula de reentrada.

A cápsula deve regressar à Terra e aterrar nos desertos da região da Mongólia Interior, no norte da China, por volta de 25 de junho.

As missões para o lado distante da Lua são consideradas mais difíceis porque exigem um satélite de retransmissão para manter as comunicações. A China tem como objetivo colocar uma pessoa na Lua antes de 2030, o que a tornaria a segunda nação a fazê-lo depois dos Estados Unidos.

A agência espacial norte-americana NASA planeia colocar astronautas na Lua novamente, pela primeira vez em mais de 50 anos, embora no início deste ano tenha adiado esse objetivo para 2026.

ZAP // Lusa

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