No último dia da campanha eleitoral, o Chega está envolvido em duas polémicas: uma devido a um discurso da deputada Rita Matias e outra por causa do gato que é a mascote do partido.
Activistas do ambiente atacaram a sede de vários partidos com inscrições, mas anunciaram que a acção não envolveu o Chega por considerarem que o partido não é merecedor de “nenhuma mensagem política”. “Não passa do cão de guarda do sistema fóssil”, acusam.
Mas o líder do Chega, André Ventura, denuncia ataques dos activistas ambientais à sede do Chega e ao gato do partido.
“O nosso gato António foi hoje vítima dos ataques cobardes dos activistas“, escreve Ventura no X, o antigo Twitter, acrescentando que “deviam ter vergonha de dizer que defendem a natureza e o ambiente”.
A par deste comentário, o líder do Chega publica uma imagem do gato que aparece com uma pinta verde no nariz e com as patas limpas.
O nosso gato António foi hoje vítima dos ataques cobardes dos ativistas. Deviam ter vergonha de dizer que defendem a natureza e o ambiente! pic.twitter.com/ywDj2pBvXs
— André Ventura (@AndreCVentura) March 8, 2024
Noutra publicação no X, a deputada do Chega Rita Matias mostra também uma imagem do gato, mas, desta vez, com tinta numa das patas, enquanto a lambe.
“Querem salvar o planeta, mas atacam a mascote do Chega”, escreve a deputada, notando que “os activistas climáticos são o melhor exemplo do que é o idiota útil para a esquerda“.
“A caricatura de um Estado falhado é uma franja da sociedade jovem, complexada e perturbada“, continua, realçando que é preciso “resgatar as novas gerações da extrema-esquerda”.
Os ativistas climáticos são o melhor exemplo do que é o idiota útil para a esquerda. Querem salvar o clima, mas atacam a mascote do CHEGA. A caricatura de um Estado falhado é uma franja da sociedade jovem, complexada e perturbada. Temos de resgatar as novas gerações da… pic.twitter.com/5iY2eRMYQj
— Rita Maria Matias (@ritamariamatias) March 8, 2024
A forma como a tinta parece colocada estrategicamente, sem causar grandes danos ao resto do corpo do gato, bem como ao local onde se encontra, levanta dúvidas entre os utilizadores do X sobre a veracidade do ataque.
Há quem estranhe que, tendo o gato sido atacado com tinta, a primeira preocupação tenha sido fotografá-lo em vez de o limpar.
Assim, há quem acuse o Chega de estar a “vitimizar-se” e de ter encenado a situação para aproveitamento político.
Ventura também divulga no X uma foto da fachada da sede do Chega pintada de vermelho, salientando que foi “novamente vandalizada”, “agora pelos apanhados do clima“.
“Em vez de estarem comprometidos com causas, usam a violência como arma política. Péssimo exemplo”, conclui.
A nossa sede foi novamente vandalizada esta noite, agora pelos apanhados do clima. Em vez de estarem comprometidos com causas, usam a violência como arma política. Péssimo exemplo! pic.twitter.com/tU9K06bYKR
— André Ventura (@AndreCVentura) March 8, 2024
Activistas ambientais têm realizado vários ataques nos últimos tempos usando tinta verde ou vermelha. A cor da tinta tem sido uma forma de identificar os dois movimentos envolvidos nesses ataques – o Climáximo usa o vermelho e a Greve Climática Estudantil usa o verde.
Foi a Greve Climática Estudantil a organizar o mais recente ataque aos partidos políticos.
Rita Matias fala da superioridade “estética” do Chega (e plagia Milei?)
Mas, a marcar o dia de campanha do Chega está outra polémica relacionada com um discurso de Rita Matias que criticou a “direita vassala” e a “esquerda hipócrita” para destacar uma alegada “superioridade” do seu partido.
“Somos superiores esteticamente, moralmente, politicamente, historicamente. Nós sabemos que somos superiores”, disse a deputada do Chega em declarações num jantar de campanha que foram divulgadas no programa “Bom Dia” da RTP.
Rita Matias alega superioridade política, estética, moral e histórica numa clara manifestação de FASCISMO.
Devemos rejeitar com veemência esta retórica intolerante, repulsiva, arrogante, antidemocrática e inconstitucional.
No dia 10 de março, vamos dizer NÃO a isto! pic.twitter.com/9Q8TcRxZ7z
— Mónica (@elisa_monica20) March 8, 2024
Estas palavras de Rita Matias são muito semelhantes a declarações efectuadas por Javier Milei durante a campanha que acabou com a sua eleição como Presidente da Argentina.
“Somos superiores na produtividade, na moral e na estética”, apontou Milei numa crítica ao socialismo. “Somos superiores moralmente, somos superiores esteticamente”, reforçou o político argentino, por diversas vezes, em várias ocasiões.
Não é a primeira vez que Rita Matias se vê envolvida num caso de alegado plágio. No passado recente, já foi acusada de ter copiado um discurso da actual primeira-ministra de Itália, Giorgia Meloni, líder do partido pós-fascista Fratelli d´Italia.
Superiores em estupidez.
Más copias de maus originais.
Que grande lata, o CHEGA e acusado de mostrar em Portugal uma sondagem feita no Brasil, “caiu o Carmo e a Trindade”, todos os Partidos condenaram o CHEGA, e entre tanto…, o Lula, no Brasil, apela a que os Brasileiros em Portugal votem na Esquerda, e esses que condenaram anteriormente o CHEGA nada disseram sobre a interferencia do Lula nas Eleicoes em Portugal!!!!!, que eu saiba, ate a data, nenhum Presidente em Portugal apelou a que os Portugueses votem num determinado Partido Politico Brasileiro. Quando os Ativistas Climaticos atacam os Edificios dos varios Partidos Politicos em Portugal, todos eles condenam os ativistas, quando o CHEGA e atacado pelos Ativistas…, os Ativistas sao absolvidos e o CHEGA condenado!!!!!, quanto ao discurso Politico do CHEGA, que esta em linha com a Direita espalhada por este Mundo, o CHEGA e condenadao porque o seu discurso nao e genuino!!!!!, mas quando a Esquerda, que faz precisamente o mesmo, pois a sua politica esta em linha com a Esquerda de varios outros Paises, incluindo a Esquerda no Brasil, nada se passa!!!. CHEGA neles, Ventura, a Esquerdalha esta em panico.
A esquerda está desesperada e sem argumentos….