Chega, BE e PCP anunciam voto contra o Orçamento na generalidade

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Manuel de Almeida / Lusa

O ministro das Finanças, Fernando Medina

O ministro das Finanças, Fernando Medina.

O Chega, o Bloco de Esquerda e o Partido Comunista Português anunciaram o voto contra o Orçamento do Estado para 2022 na generalidade.

O partido liderado por André Ventura considera que o Orçamento do Estado para 2022 é “usurpador” e “não reflete as preocupações”.

O Chega anunciou esta quinta-feira o voto contra na generalidade do Orçamento do Estado para 2022, considerando que o documento “não reflete as preocupações e as necessidades” dos portugueses.

“Pior: mantém a espinha dorsal do OE chumbado em outubro do ano passado, quando não tínhamos nem guerra na Europa, nem o surto inflacionista a que estamos a assistir. Este Orçamento peca ainda por voltar a alocar a maior parte dos recursos públicos ao Estado e às suas clientelas, deixando altamente prejudicadas as famílias e as empresas”, pode ler-se no comunicado do Chega.

O Chega considera ainda que o Orçamento do Estado para 2022 é “usurpador”, por explorar quem trabalha e investe para “sustentar o polvo”, que é o Estado.

“Um Orçamento do Estado usurpador não pode ter a viabilização do Grupo Parlamentar do Chega”, acrescenta o partido.

O PCP anunciou também que vai votar contra o OE2022 na generalidade, menos de 30 minutos antes do início da discussão na Assembleia da República.

Um fonte do partido revelou à LUSA esta quinta feira que o Grupo Parlamentar iria votar contra a proposta de Orçamento do Estado para 2022 na generalidade.

A 13 de abril, a líder parlamentar comunista, Paula Santos, tinha afirmado que a proposta apresentada pelo ministro das Finanças, Fernando Medina, era “mais desajustada” do que aquela que o Governo tinha apresentado há cinco meses, e que iria “aprofundar estrangulamentos” à vida dos portugueses.

“A proposta de orçamento é, no fundamental, a proposta que foi rejeitada em outubro de 2021 e continua a recusar o conjunto de soluções pelas quais o PCP se bateu. Uma proposta que já era desajustada há cinco meses e mais desajustada é hoje, tendo em conta a degradação da situação nacional e internacional”, realçou.

Para o Bloco de Esquerda, a “proposta do Governo mostra-se ainda mais inaceitável por não defender os rendimentos das famílias”.

O BE vai votar contra a proposta de OE2022 na generalidade, anunciou esta quinta-feira à agência LUSA o líder parlamentar bloquista, considerando que o documento “não responde aos problemas essenciais que o país enfrenta“.

“O Governo entregou um Orçamento do Estado que, em larga medida, repete o mesmo diploma apresentado em outubro passado e que, já nessa altura, o Bloco de Esquerda considerou que não estava à altura das necessidades do país”, referiu Pedro Filipe Soares à agência LUSA.

De acordo com o bloquista, “meio ano depois, com o eclodir de uma guerra na Europa e o galopar da inflação, a proposta do Governo mostra-se ainda mais inaceitável por não defender os rendimentos das famílias da perda de poder de compra e do empobrecimento que o aumento do custo de vida está a causa”.

“Por isso mesmo, o Bloco de Esquerda vota contra o OE2022 na generalidade, por considerar que não responde aos problemas essenciais que o país enfrenta”, conclui.

Em outubro de 2021, PSD, PCP BE, CDS-PP, PEV, Chega e IL votaram contra a proposta de Orçamento do Estado para 2022 na generalidade.

Na sequência da rejeição da proposta, o Presidente da República anunciou a dissolução do parlamento e convocou eleições legislativas.

Desta vez, a proposta do executivo liderado por António Costa terá a aprovação garantida, uma vez que o PS tem maioria absoluta na Assembleia da República.

ZAP // LUSA

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