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Da prisão perpétua ao cadastro étnico-racial. Chega aprova novo programa

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Luís Forra / Lusa

André Ventura discursa no início do VII Conselho Nacional do Chega.

A inclusão da prisão perpétua e de um cadastro étnico-racial no programa do partido foram unanimemente aceites no Conselho Nacional do Chega.

O Conselho Nacional do Chega foi aprovado por maioria, sem votos contra e com uma abstenção, escreve o Observador. O documento foi aprovado na generalidade, estando agora a ser discutidos aditamentos e substituições de alguns pontos.

Entre os aditamentos, André Ventura sugeriu a inclusão da pena de prisão perpétua no programa do partido, que foi aprovada por unanimidade.

O líder do Chega sugeriu ainda incluir a ideia de criar um cadastro étnico-racial, um registo em que se procure compreender “problemas de subsidiodependência”, com informações de “natureza criminal ou comportamental”.

André Ventura defendeu na sexta-feira à noite a criação do cadastro étnico racial para identificar os problemas de algumas minorias em Portugal, com vista a tentar solucioná-los, rejeitando tratar-se de racismo.

“O partido deve defender não só a identificação das comunidades subsidiodependentes, onde estão localizadas, qual é a prevalência da subsidiodependência, qual é o nível de subsidiodependência, porque na verdade somos todos nós que estamos a pagar isso, como deve ter uma espécie de cadastro ou de identificação étnica ou racial”, afirmou.

Numa intervenção no arranque do VII Conselho Nacional do Chega, que acaba hoje em Sagres, no Algarve, André Ventura argumentou que nunca se conseguirá resolver problema nenhum “sem identificar primeiro” qual é o problema e qual a prevalência de comportamentos criminais.

“Este cadastro étnico racial que acho que devemos defender e que seria ímpar dentro da União Europeia não nos deve meter medo, porque nós sabemos que não somos racistas”, afirmou, sublinhando que se trata de “resolver” um problema.

“Entendo que nós temos em Portugal temos um problema grave de subsidiodependência em algumas comunidades, e que não devemos ter medo de pedir ao Estado que as identifique”, sublinhou, acrescentando que não defende o “ataque” às minorias.

ZAP // Lusa

10 Comments

  1. Há tanta lama e vigarice em Portugal que só com medidas corajosas, como as do Chega, é possível limpar um pouco este país derretido.

  2. Perante propostas tão retrógradas, urge, democraticamente e através do voto, reduzir este partido político à expressão mais reduzida possível, por uma questão de saúde/higiene mental, quer individual quer coletiva. Por onde querem seguir não há caminho, apenas ódio e destruição. Os subsídios não se destinam a comunidades étnicas. Mas, se por acaso houver mais pessoas de uma determinada comunidade nessa situação, isso é apenas revelador da nossa incapacidade de desenvolver políticas efetivas de inclusão/integração. Diz mais sobre nós do que sobre grupos sociais minoritários. Por fim, se a ideia é atacar a comunidade cigana convém ter em atenção que apenas 3,8% dos beneficiários do RSI são de etnia cigana.

  3. Ora, ora, ora, raças, etnias, não somos racistas, pois somos o quê? homofóbicos? mas essas medidas tem alguma lógica se não é racismo? ó André andas de mal a pior, então Portugal precisa de isso para quê? olha concordo com o js. A prisão perpétua é para quem?

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