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Cerveja é o novo chá. “Hard Brexit” vai mudar os menus dos britânicos

Produtos como bananas, bacalhau e chá vão deixar de ser consumidos se o Governo, o Parlamento e a União Europeia não conseguirem chegar a acordo para o Brexit.

Cerca de 60% dos alimentos consumidos pelos britânicos são produzidos dentro do país, mas existem muitos produtos muito populares que vêm de fora, explica o Bloomberg.

Os frescos seriam os mais afetadas. O Reino Unido importa a maioria da sua fruta e vegetais. Abacates, bananas e outras frutas tropicais desapareceriam das prateleiras. Devido à sazonalidade, os brócolos passariam a estar disponíveis apenas seis meses por ano, enquanto os tomates passariam a ser um alimento apenas para dias de festa.

No talho, diminuiria a quantidade de carne de frango, vaca e porco disponível, sendo que a cada habitante passaria a corresponder entre 22 a 13 quilos anuais – aquilo que é produzido dentro do país. Lombos e pernas, populares nos talhos e supermercados, apresentariam-se na mesma proporção que os fígados ou as cabeças.

O famoso prato de fish and chips teria de sofrer uma atualização. Como o bacalhau fresco utilizado nesta iguaria vem da Noruega e da Islândia, este teria de ser substituído pelo produto que mais chega às redes dos pescadores: o marisco.

Não deve haver muita escassez de pão, porque bastante trigo é cultivado para a maior parte da produção de farinha do Reino Unido. O grão é cultivado no país há milhares de anos e é considerado a maior cultura arável por área. Os produtos com massa mais firme, como as crostas de pizza, usam variedades de trigo com alto teor de proteína que normalmente se desenvolvem noutros climas.

Os copos e chávenas dos britânicos também ficariam menos diversos. Primeiro, a tradição de tomar o chá das cinco iria desaparecer, visto que toda a matéria-prima vem de fora. O mesmo acontece com o café.

Mas leite não faltaria. As vacas do Reino Unido produzem o suficiente para cerca de 3,7 litoros por pessoa a cada semana. Ovos também são amplamente domésticos.

Produtos como manteiga irlandesa ou cheddar podem desaparecer. Os agricultores da Irlanda do Norte não poderiam enviar leite para o processamento e os adeptos do queijo deveriam despedir-se do queijo francês e do queijo parmesão italiano.

Por outro lado, nos supermercados não iriam faltar as ervilhas, as cenouras, as beterrabas e as batatas. Para acompanhar: carne de borrego. Como bebida, muitos milhões de litros de whisky da Escócia e a cerveja dos grandes campos de centeio.

ZAP //

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