O cérebro humano reconhece músicas entre 100 a 300 milissegundos

O cérebro humano pode reconhecer uma música num intervalo de 100 a 300 milissegundos, destacando as músicas favoritas “guardadas” na nossa memória, revelou uma nova investigação conduzida por cientistas do Ear Intitute da UCL (University College London).

De acordo com a nova investigação, cujos resultados foram esta semana publicados na revista Scientific Reports, a equipa queria descobrir exatamente com que rapidez é que o cérebro humano responde a músicas familiares, bem como o perfil temporal dos processos cerebrais que permitem este reconhecimento.

Conta a agência Europa Press que o grupo principal de participantes era formado por cinco homens e cinco mulheres que tinham apresentado cinco músicas muito familiares.

Para cada um dos voluntários, os cientistas escolheram uma das músicas conhecidas e combinaram-na com uma melodia semelhante, mas que o participante não conhecia.

Depois, os participantes ouviram 100 fragmentos – cada um com menos de um segundo – da música familiar e da desconhecida, apresentados em ordem aleatória. Ouviram-se cerca de 400 segundos no total (quase sete minutos).

Para analisar os resultados, os cientistas utilizaram imagens de eletroencefalografias (EEG), que registam atividade elétrica no cérebro, e pupilometria (técnica que mede o diâmetro da pupila, parâmetro para medir a excitação).

Os cientistas concluíram que o cérebro humano reconheceu melodias “familiares” de 100 milissegundos (0,1 segundo) desde o início do som, com um tempo médio de reconhecimento a variar entre os 100 e os 300 milissegundos.

Os cientistas ficaram ainda surpreendidos pelo facto de as pupilas dilatarem ainda antes de se registar atividade cerebral, de acordo com a Newsweek. “Isto pode ter acontecido porque o reconhecimento inicial envolve principalmente sub-corticais, isto é, circuitos do tronco cerebral”, afirmou Maria Chait, autora principal do estudo.

“Os nossos resultados mostram que o reconhecimento de músicas “familiares” ocorre notavelmente rápido. Estas descobertas apontam para um circuito de tempo muito rápido e são consistentes com o profundo controlo que músicas altamente familiares têm na nossa memória”, esclareceu ainda a cientista.

ZAP //

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