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Centeno nega favorecimento do Governo ao Santander Totta

Rodrigo Gatinho / Portugal.gov.pt

Mário Centeno, ministro das Finanças

Mário Centeno, ministro das Finanças

Ministro das Finanças foi esta terça-feira ouvido na comissão parlamentar de inquérito ao Banif, negando várias vezes que este Governo tenha privilegiado a compra do Banif aos espanhóis.

Mário Centeno reafirmou que não teve qualquer contacto com as autoridades europeias para defender a posição do Santander na corrida à compra do Banif, avança o Diário de Notícias.

“Reitero que isto não aconteceu. Não houve nenhuma diligência do Governo para que isto acontecesse. Não houve nenhuma tentativa de privilégio por parte deste Governo de qualquer proposta que tivesse chegado pelo Banif”, afirmou o ministro durante a nova audição na comissão parlamentar de inquérito.

“Eu nunca interferi em relação a nenhuma situação dos potenciais compradores do Banif. A preocupação do Governo ao longo das três semanas foi como gerir o processo de resolução”, explicou o ministro das Finanças.

Desde a sua primeira audição que o PSD tem insistido que Centeno mentiu ao dizer que não teve contacto junto das autoridades europeias nesse sentido.

Confrontado pelo deputado social-democrata Luís Marques Guedes, por causa de um e-mail em que a líder do Mecanismo Único de Supervisão, Danièle Nouy, assume ter dado resposta a um pedido do governante para desbloquear a venda ao Santander, Centeno explicou que, nessa altura, a proposta do grupo espanhol era a única que estava em cima da mesa.

“À hora em que o telefonema ocorre apenas tinha sido recebida a proposta do Banco Santander Totta, e as outras foram recebidas depois”, salientou, especificando que só depois desse chegaram as outras três propostas: JC Flowers, Banco Popular e Apollo.

Relativamente à insistência do deputado social-democrata, Centeno chegou a afirmar que não vale a pena “repetir falsidades”.

“Era preciso resolver a situação limite a que o Banif chegou. A grande preocupação do Governo foi encontrar essa solução”, reforçou, citado pelo mesmo jornal.

ZAP

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