O presidente do Eurogrupo considerou, esta segunda-feira, a atitude do antigo ministro das Finanças grego, que gravou reuniões do fórum de ministros das Finanças da zona euro, “politicamente lamentável”.
“Honestamente, não tenho comentários a fazer sobre isto. É algo que politicamente lamentamos, mas não comento”, limitou-se a responder Mário Centeno, quando questionado, na conferência de imprensa no final da reunião de hoje do Eurogrupo, sobre o facto de, na passada sexta-feira, o ex-ministro das Finanças grego ter fornecido ao presidente do Parlamento grego as polémicas gravações das reuniões do Eurogrupo durante o auge da crise grega, em 2015.
Atualmente deputado e líder do MeRA25, Yanis Varoufakis considerou que a gravação das sessões foi “completamente legítima” porque os representantes da troika de credores internacionais — União Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional — “queriam humilhar não apenas a esquerda, mas todo o povo grego”, razão pela qual as entregou, num envelope, ao presidente do Parlamento grego, que as rejeitou, considerando a iniciativa “inadmissível”.
Também questionado sobre este episódio, o diretor-executivo do Mecanismo Europeu de Estabilidade, Klaus Regling, que participou nesses encontros, considerou hoje igualmente que é de “lamentar esta quebra de confidencialidade”.
“Ao mesmo tempo, espero que tenha utilizado tudo aquilo que ele próprio achou interessante no livro que foi publicado”, acrescentou.
Apesar de o combate pela transparência que promoveu nas altas esferas institucionais ter sido decisiva para a sua afirmação como um “ícone” político, a revelação de que Varoufakis tinha gravado em segredo as reuniões do Eurogrupo provocou acesa polémica, na Grécia e a nível europeu.
As regras do Eurogrupo não impedem a gravação das reuniões, apesar de se considerar adquirido que os participantes mantêm a sua confidencialidade.
Num primeiro momento, Varoufakis negou ter gravado as sessões, mas depois reconheceu que registou o seu conteúdo numa entrada do seu blogue pessoal. Assegurou que tomou a decisão para informar “com frases exatas” o primeiro-ministro, a equipa governamental e o Parlamento grego.
A transcrição destas gravações serviu posteriormente de base para o seu livro Adults In The Room: My Battle With Europe’s Deep Establishment e ao filme de Costa-Gravas com o mesmo nome Adults in the Room.
// Lusa
O sr. Varoufakis é, claro, um desequilibrado, um daqueles lunáticos que se afirmam de esquerda para ganhar espaço mediático. Na verdade, não passa de um descompensado de estilo de vida burguês, como se ficou a saber pela forma desabrida como se expunha na sua mansão de férias. ele é homem para este tipo de procedimentos de baixo nível e mais, ao estilo dos seus amigos portugueses do BE.