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Centenas na Nazaré para ver as ondas e McNamara

Garrett-McNamara / Facebook

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Centenas de pessoas deslocaram-se hoje à Praia do Norte, na Nazaré, na expectativa de verem o surfista havaiano Garrett McNamara realizar mais uma proeza em ondas gigantes.

Ainda não eram 07:00 quando André Valentim, de 26 anos, e os amigos se posicionaram junto ao farol.

“Viemos ver se McNamara vai entrar e surfar”, disse à agência Lusa o jovem da Benedita, concelho de Alcobaça, também surfista, que já se aventurou na Praia do Norte, mas “não com ondas do tamanho” das que estavam hoje.

E perante a possibilidade de o surfista que colocou a Nazaré no mapa das ondas gigantes não dar espetáculo, André Valentim respondeu: “Há mais marés que marinheiros. Não fico dececionado”.

Também era noite quando o casal Ana e César Mendes, moradores na Nazaré, foi espreitar o mar da Praia do Norte.

“Esta publicidade toda é ótima para a Nazaré. As ondas para nós não são novidade, mas agora descobriram a pólvora. Faltavam vir os aventureiros”, considerou César Mendes, de 35 anos.

Indiferente ao frio que se fazia sentir, Marília Figueiredo, de 69 anos, residente em Pataias, Alcobaça, tinha expectativas elevadas: “Espero ver estes homens bravos a dominar este mar”.

Munidos de máquinas de filmar, fotografar e telemóveis, muitos curiosos, individualmente ou acompanhados pelas famílias, acorreram ao Sítio da Nazaré, como Tiago Pina, de 23 anos, açoriano a estudar no Porto.

“Estou meio satisfeito”, declarou, depois de ter visto “ondas grandes” e antes de McNamara e mais uma dezena de surfistas, nacionais e estrangeiros, se colocarem a postos para a “aventura”.

Já a meio da manhã, Luciana Gordinho, de 67 anos, desabafava: “Hoje esperava ver a ‘gigantinha’, mas já vi na Barra de Aveiro ondas maiores que estas”.

Garrett-McNamara / facebook

Garrett McNamara

Garrett McNamara

Aos jornalistas, Garrett McNamara explicou que “a onda não estava a quebrar no ponto certo”, referindo que no sábado à noite houve “muito vento” e a prancha saltava.

Ainda assim, mostrou-se satisfeito porque ter conseguido “apanhar” uma onda na qual conseguiu testar a nova prancha.

“A prancha é fantástica e eu consegui ir muito depressa”, afirmou, considerando que o dia de hoje foi um “teste perfeito” para o novo equipamento, esperando regressar ao mar na quarta-feira.

Reiterando que se “sente em casa”, o surfista afirmou-se muito satisfeito pela quantidade de pessoas que acorreram à praia: “Foi perfeito, regressámos em segurança e pude testar a minha prancha”.

Questionado sobre a eventualidade de a praia receber alguma competição no futuro, o surfista observou: “É preciso virem mais pessoas surfar e saber a opinião delas”.

“Se os portugueses quiserem uma competição aqui, eu farei o que os portugueses quiserem”, afirmou.

A 1 de Novembro de 2011, McNamara bateu pela primeira vez na Praia do Norte o recorde da maior onda surfada, com um registo certificado pela Guiness World Records. Esta mesma onda valeu-lhe o prémio de maior onda da competição Billabong XXL Global BigWave Awards.

Tó Mané

Em 1 de novembro de 2011, Garrett McNamara bateu pela primeira vez o recorde da maior onda surfada, na Nazaré, com esta onda.

Em 1 de novembro de 2011, Garrett McNamara bateu pela primeira vez o recorde da maior onda surfada, na Nazaré, com esta onda.

O havaiano continuou a tentar a sorte na Nazaré, tendo surfado, a 28 de Janeiro de 2013, uma onda que se acredita possa ter chegado aos 30 metros.

No entanto, McNamara retirou-a do concurso da Billabong, por ser “fortemente contra” o consumo de álcool e aquele ser patrocinado pela cerveja mexicana Pacífico.

A 28 de Outubro de 2013, o brasileiro Carlos Burle e o britânico Andrew Cotton surfaram ondas que se consideram passíveis de ter superado a de McNamara.

/Lusa

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