/

CDS desfalcado por saídas e convites rejeitados

Tiago Petinga / Lusa

O novo líder do CDS/PP, Francisco Rodrigues dos Santos

Um mês depois de “Chicão” assumir o cargo na presidência do CDS, a estrutura do partido continua por preencher. Saídas, convites rejeitados e exonerações atrasam a formação da equipa.

Francisco Rodrigues dos Santos continua a ter uma equipa incompleta um mês depois de se ter tornado presidente do CDS. A saída de Assunção Cristas e a consequente entrada do antigo líder da Juventude Popular levou a um tumulto dentro do partido. Demissões, convites rejeitados, exonerações e vagas por preencher deixam os centristas desfalcados.

A principal incógnita, de acordo com o jornal Expresso, é a saída pouco clarificada de Pedro Barros Ferreira. Este foi convidado para exercer funções de chefe de gabinete do presidente do partido ainda durante o congresso, mas abandonou o cargo uma semana depois. Isto porque, ao que tudo indica, Pedro Barros Ferreira nunca chegou a ser oficialmente nomeado para o cargo, embora tenha alegadamente exercido as suas funções.

Enquanto algumas fontes relatam discussões acesas entre Francisco Rodrigues dos Santos e Pedro Barros Ferreira, este último justifica que se trata de uma desadequação ao perfil de chefe de gabinete e uma preferência por outro tipo de trabalho. Agora, trabalha em questões relacionadas com “pesquisa política” e desenvolvimento de “argumentário”.

Continua também por ocupar o cargo de porta-voz do partido. O Expresso sabe que já foram feitos vários convites, mas que acabaram por ser todos rejeitados.

António Carlos Monteiro, ex-deputado e vice-presidente do partido, também abandonou o partido alegadamente em discordância coma nomeação de Telmo Correia para líder parlamentar. Abel Matos Santos foi outra das baixas no CDS, que abandonou o partido após as suas declarações sobre Salazar, a PIDE e Aristides Sousa Mendes, que disse ter sido um “agiota de judeus”.

Por fim, Frederico Sapage, amigo próximo de Francisco Rodrigues dos Santos, também decidiu desfiliar-se do partido. A sua saída já tinha vindo a ser “adiada” desde a iniciativa na freguesia de Arroios, em que era autarca, de pintar com as cores da bandeira LGBT as passadeiras das estradas.

ZAP //

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.