Cavaco assume “a vaidade” e usa a ironia contra oito anos do Governo PS

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Miguel A. Lopes / Lusa

O ex-Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva

O antigo primeiro-ministro Aníbal Cavaco Silva cita Miguel Esteves Cardoso num texto publicado no Observador, onde usa a ironia para fazer um auto-elogio e criticar oito anos de Governo do PS.

Cavaco Silva assina um texto no Observador, onde compara, com ironia, os seus dois últimos anos de Governo nos anos de 1990, com os últimos oito do executivo socialista.

Intitulado “Memórias de um governo “cansado” e “arrogante””, o artigo é a primeira parte de uma publicação do ex-Presidente da República no Observador. A segunda parte será divulgada na próxima terça-feira e será dedicada ao pecado da “arrogância política”.

A abrir o artigo, Cavaco cita o cronista e escritor Miguel Esteves Cardoso, realçando que “a ironia é uma brincadeira, é uma dança de inteligências, e o prazer de dizer o que não se deve, só para divertir e escandalizar”.

Um preâmbulo que serve como justificação para a ironia que depois usa, no artigo, para criticar os oito anos de governação socialista.

“Com a falta de humildade e a vaidade que me são atribuídas digo que estou absolutamente convencido de que, nessa década, por acção dos meus Governos, o desenvolvimento de Portugal, em todas as suas dimensões, deu um salto em frente que muito surpreendeu a União Europeia”, escreve Cavaco.

“Em nenhuma outra década foi alcançado resultado semelhante”, acrescenta, lembrando o programa de erradicação das barracas das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto.

Cavaco recorda também a conclusão do troço do IP4, para completar a ligação entre Amarante e Bragança, as construções da Ponte de Freixo (Porto) e da Ponte Vasco da Gama (Lisboa).

O antigo Presidente da República ainda cita o lançamento do concurso internacional para a introdução do comboio na Ponte 25 de Abril e, entre outros, a promoção para a criação da Portugal Telecom.

“Fadiga física” pela dimensão da obra realizada

Cavaco continua notando que os “afamados analistas e cronistas políticos” que dizem que o seu Governo estava “cansado e arrogante” queriam “certamente exprimir a ideia de que tinha sido de tal dimensão a obra realizada nesse período final, que era natural” que os membros do seu Governo “sentissem alguma fadiga física”.

“A minha satisfação por esta obra é tanto maior, quanto ela foi realizada num tempo em que o Governo enfrentou uma forte oposição política, uma legítima, outra menos legítima”, salienta também.

O antigo governante recorda igualmente “a arrogância política e a vaidade” com que, em 26 de Abril de 1995, no final da cerimónia de inauguração da fábrica de automóveis da Autoeuropa, conduziu “um veículo nela produzido, dando uma volta à pista de ensaios”.

“Faltavam seis meses para cessar as funções de primeiro-ministro”, indica no artigo, deixando uma pergunta ao Governo do PS. “Quando é que chega o outro projecto do tipo Autoeuropa de que o poder socialista tem falado”, questiona.

ZAP // Lusa

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20 Comments

  1. Cavaco é um palhaço triste, e como ninguém lhe dá importância, não para de se auto elogiar. Na verdade é uma figura que dá dó.

  2. Obrigada, Capeta.
    Antecipou-se ao meu comentário.
    Inteiramente de acordo.

    De quando em vez, o infeliz palhaço sai do sarcófago para tentar ensombrar, mas nem isso consegue.
    Já NINGUÉM lhe liga. Morreu e não foi avisado.

  3. Capeta, inteiramente de acordo.
    Acrescentaria, se me permite, que o infeliz está morto e ninguém o avisou.
    (como aconteceu com o salazar de má memória, que ele tão bem representa) .

  4. Sempre ouvi dizer que: “Elogio em boca própria é vitupério”…. Mas provavelmente o senhor não encontra mais ninguém para o elogiar… A não ser ele.

  5. Ó Capeta, eu dou importância ao Cavaco, ouço-o e acho que ele tem razão.
    Talvez fosse melhor opção falar apenas por si, uma vez que não perece que esteja mandatado para ser o porta-voz do povo português.

  6. O sr. não tem consciência de que foi o 1º coveiro do país? Os nossos barcos de pesca e a agricultura? o sr. limitou.se a fazer estradas muitas delas sem necessidade. Tenha recato e viva o seu tempo a preparar histórias para contar aos seus netos. Enxergue-se

  7. Pois é ninguém lhe dá importância, o que é certo é que a esquerdalha fica toda a tremer.
    Pois não gostam de ouvir as verdades, gostam de andar iludidos na propaganda e mentira.

  8. Esse Senhor devia ter vergonha de aparecer em publico, mandou destruir a nossa riqueza e sustentabilidade, ao contrário de apoiar a modernização como fizeram e têm feito os nosso vizinhos Espanhóis, mandou construir autoestradas que estão quase dias inteiros sem que passe por lá alguém, ainda como cumulo do ridículo, teve a descara-dez de dizer que a reforma que auferia de 10000€ era pouco para as suas despesas, esquecendo~se de quem chega ao fim de 40 anos de trabalho para receber uns míseros 400/600 euros… TENHA VERGONHA E REMETA-SE Á SUA INSIGNIFICÂNCIA..

  9. Hoje somos o espelho de 25 anos de governação desse senhor e a sua pandilha que nos conduziu a este pântano do qual não conseguimos sair.. Devia ter vergonha e estar calado.

  10. Com o “grande” Cavaco Silva, foi a época de maior desenvolvimento em Portugal. Atualmente é só cofres cheios e desenvolvimento zero. Chamam a isto contas certas. Em economia este termo não existe. Só usam este termo para contrastar com as contas de bancarrota de Sócrates.

  11. Estoy a ver q a realidade cor de rosa ou risa continua em forca.
    As infraestruturasvde Portugal. Nao existem obras de manutenção. O país nao precisa.
    Investir tb nao. Ficamos com as Nao contas certas.
    Acabou a festança vem ai outra x a crise e
    Continuoo a pagar impostos elevadíssimos de um pais rico(!)
    Com tudo de 30 Mundo. A crise de agora é culpa do Cavaco. Eu pensava q era Culpa do ex-PM PASSOS COELHO.

  12. Cavaco Silva foi, sem dúvida, o melhor primeiro ministro de Portugal, em cinquenta anos de democracia. Com os “rosas” é só pântanos, bancarrotas, sofrimento do povo, incompetências e vigarices. Portugal já segue na cauda da Europa.

  13. Chamem-lhe o que quiserem mas, citandoo números com este governo tanto gosta de fazer, na realidade a economia em Portugal nunca cresceu tanto como nos governos de Cavaco Silva. Esta é a realidade que a esquerda não gosta de ouvir mas que é indesmentível.
    Se fez coisas mal feitas? Sim, claro que fez, mas não se comparam, nem de perto nem de longe, às malfeitorias que estes últimos governos PS nos fizeram a todos. Basta olhar para o estado do SNS, da educação, da habitação, da maior carga de fiscal de sempre, etc, etc.
    Agora venham cá desmentir isto…

  14. Cavaco tem pontos negros…, mas foi doos melhores governantes deste regime cleptocrático! Incompetente e corrupto foi o Mário Só ares, a arrogãncia em pessoa!

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