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Cavaco deverá dar posse a António Costa

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Mário Cruz / Lusa

Luis Marques Mendes

Luís Marques Mendes acredita que o Presidente da República não tem outra alternativa senão dar posse a um governo de António Costa, caso o executivo de Passos Coelho seja chumbado no Parlamento pela maioria de esquerda.

No seu espaço de opinião na SIC, este domingo à noite, o conselheiro de Estado e ex-líder do PSD analisou o discurso proferido por Cavaco Silva na quinta-feira, comentando as suas duas partes distintas.

A primeira, onde Cavaco indigitou Pedro Passos Coelho como primeiro-ministro, “foi corretíssima”, defende Marques Mendes, sublinhando que “seguiu a prática do país, foi coerente” e, portanto, “inatacável”.

Por outro lado, na parte em que dirigiu críticas a uma possível coligação da esquerda, Marques Mendes acredita que Cavaco poderia ter “dispensado” essas declarações, seja pelo tom usado, “um pouco excessivo”, ou pelo facto de deixar quase um conselho à violação da disciplina de voto. “Ele não diz isso mas parece, é contraproducente”, afirma.

Marques Mendes considera que o “primado” da Assembleia da República – uma maioria de esquerda a apoiar um governo de Costa – vai impor-se às reticências do Presidente da República e que Cavaco, que não foi claro quanto ao que fará no caso de uma rejeição ao governo de Passos, acabará por dar posse a um governo de esquerda.

“Se o Governo de Passos Coelho chumbar no Parlamento, como é muito provável que aconteça, a minha opinião é que deste discurso se infere que Cavaco Silva vai dar posse, no futuro, a um governo de António Costa” se for apresentado um acordo para esse efeito, refere.

Na opinião do conselheiro de Estado, Cavaco pode e deve impor condições: um acordo escrito, mas também condições no plano da credibilidade internacional, da estabilidade política e da sustentabilidade orçamental. “Cavaco Silva vai dar posse, no futuro, a um governo de António Costa se lhe for apresentado o acordo“, afirmou. “Parece-me óbvio que é isso que vai acontecer”, disse o ex-líder do PSD.

O comentador descartou ainda a hipótese de o Presidente da República optar por um governo de gestão – que seria “um descalabro” -, caso a moção de rejeição ao programa de governo seja aprovada na Assembleia da República, o que implicaria que “só teríamos Orçamento do Estado em Novembro de 2016”.

Apesar da quebra de tradição, de o presidente da AR não ter saído da bancada mais votada, Marques Mendes elogiou a escolha de Ferro Rodrigues, mas não deixou de fazer um reparo: teve um início “pouco feliz” com um discurso “divisionista”.

ZAP

22 Comments

  1. “… se lhe for apresentado o acordo“!?! Por mim o PS não punha lá as mãos… Desde logo nem o partido das tias castas de Vestal nem o sorumbático, sombrio PCP.

      • Que raio de papão! desde 25 de Abril a direita não tem nem nunca teve nenhuma exclusividade… a Não ser de bombeiro político. A extrema esquerda é que, como aqui não posso fazer desenhos, digo, a esquerda à esqª do PS não deve governar porque, desconfio, esses(as) do esquerdismo extremo actualmente nem em Cuba ou na Venezuela teriam essa possibilidade! O aventureirismo lennista, maoista, stalinnista, madurista, Santista, castrista, caiu de maduro… Mas há “cegos” na populaça!

  2. Acho piada que as pessoas continuem a defender um governo da Esquerda quando:
    – 90% das pessoas não votou no BE
    – 90% das pessoas nao votou no PCP

    Nunca pensei que o moreno este do PS fosse tão amibicioso ao ponto de colocar as suas ambições a frente das prioridades do pais, que estou certo que não são sair do Euro, nem sair da EU, nem nacionalizar as empresas.
    Como sempre, as pessoas tem a memória curta e esqueceram-se que quem nos meteu no buraco foi sempre os governos do PS.
    O próximo, a confirmar-se um governo de esquerda, só pode ser pior do que os anteriores do PS.
    Bem haja a ignorância de muita gente em “vender-se” por uma caneta ou um isqueiro.

    • “Acho piada que as pessoas continuem a defender um governo da Direita quando:
      +(MAIS) de 90% das pessoas não votou no CDS
      +(MAIS) de 90% das pessoas nao votou no PP”
      Com a agravante que a soma dos comprimentos dos patetas quadrados não é igual á patetice de pretender de querer demonstrar com números insuficientes o tamanho dum semisemicirculo+1.

  3. Alguém que me explique por favor:

    – Somos um Pais democrático ou não?
    – Houve eleições, certo, o Povo escolheu quem queriam para governar ou não?
    Então porque raio é que os outros partidos que enchem a boca para dizer que estão pelo povo, não fazem oe aceitam o que o povo escolheu? Portugueses escolheram coligação para governar, não escolheram comunistas nem escolheram um partido que promete o que não tem para dar (pois basta olhar para trás para ver que os pedidos de apoio foram feitos após governos PS).
    EXPLIQUEM DESDE QUANDO ESTÃO OS PARTIDOS DA OPOSIÇÃO A FAZER O QUE O POVO DECIDIU???????
    Ganância de poder. Pura!!!
    Devia ser feito novas eleições, já que pelos vistos as crianças do parlamento não sabem brincar em conjunto e respeitando o solicitado, façam eleições de novo. De certeza que a coligação ganha com a maioria absoluta após este lindo espetáculo que os portugueses estão a ver.
    Faço outra pergunta:
    É ILEGAL IR CONTRA O QUE FOI ELEITO PELOS PORTUGUESES OU NÃO????????????????????????????????????????????

    • Então eles que governem com os 38,36% dos portugueses a favor e os 52,14% dos portugueses contra, porra! … …se forem capazes claro… eles que governem e desgovernem…

      • É uma questão de tempo! O ciclo repetir-se-á! A diferença é que em Portugal só governam maiorias! Não há direito à diferença, e isso não é democracia… É prostituição político pelo poder a todo o custo!
        Numa corrida de 5 o primeiro tem que dividir o prémio porque os terceiros acham que o primeiro ganhou porque eles ficaram atrás e como estão em maioria… Estão no recreio e dança-se conforme a mioria decide! Bulling político!

      • Basta que alguns poucos deputados do lado da ética e da moral política decidam abster-se e lá se vai o seu palavreado obtuso! Veja lá com o quê que se terá de entreter enquanto o buço cresce.

  4. ó Maria que vida tão fria,
    mas podias
    ter um futuro quente
    para isso basta, tirares as palas dos olhos
    que não te deixam ver bem essa gente.

  5. De facto nota-se que a muitas “marias” não entendem como funciona o sistema português. Não votamos para eleger um governo, votamos para eleger uma assembleia constituinte; daí sairá então um governo que, como é obvio, tem que contar com apoios se não tiver a maioria absoluta. Nas penultimas eleições o CDS teve pouco mais de 10% dos votos dos portugueses e no entanto o Portas acabou em vice-primeiro ministro.

    • Antes de fazeres insinuações à inteligência alheia, tenta não fazer confusão entre o que são eleições para Assembleia Constituinte e Assembleia Legislativa.
      …. também já vi que és repetente nesse erro e essa confusão não faz assim tão poucochinha diferença!

    • V/ julga-se “forte” a meter-se com o outro género na presunção que é macho e mesmo que eventualmente peludo se fosse maria seria UM maria vai com todos, apenas porque julga que sabe do que fala.
      Assembleia constituinte?

  6. Mas, este parasita ligado às grandes negociatas que só tem lesado o Estado, não se cala com os bitaites?!
    Como é possível termos um artista destes como conselheiro de estado?!
    Já é mais do que tempo para ele ter vergonha na cara e deixar de se fazer de comentador “isento” na SIC… mas, quem lhe pagar ainda é pior do que ele!…
    .
    Escumalha como este “meio metro de gente,” só serve para “baralhar” e para arranjar negócios para os amigalhaços…

  7. O povo escolheu e deu confiança relativa a uma coligação de direita.
    Que o PR não emposse ninguém, e vamos novamente a eleições.
    A esquerda que apresente o acordo ora obtido entre PS+BE+CDU e o submeta a sufrágio em novas eleições!
    Depois, não teremos dúvidas a quais forças partidárias o povo quer dar legitimidade.

  8. Nas eleições legislativas vota-se para deputados, não se vota para eleger o 1º ministro. Os acordos para formar governo fazem-se no parlamento, se não houver maioria absoluta.
    Depois de 40 anos a votarmos ainda temos dúvidas sobre as nossas escolhas!!
    Lembro que, PPD/CDS perderam 25 deputados e 819.808 votos.

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