Catarina Martins quer manter o Bloco de Esquerda como terceira força política do país, até porque o partido ser penalizado pelo chumbo do Orçamento do Estado “não tem nenhum sentido”.
Em entrevista à RTP, a coordenadora do Bloco de Esquerda afirmou não ter dúvidas de que manter o partido como terceira força política é a única forma de debater as matérias mais importantes para o país, além de ser uma “lição à extrema-direita” e um modo de “não premiar a arrogância de António Costa”.
“Um Bloco de Esquerda como terceira força política era uma garantia, por um lado, de haver força à esquerda para debater matérias tão fundamentais como os salários, a saúde, os serviços públicos, a resposta climática”, disse Catarina Martins.
Serviria ainda para afastar a ideia de um Bloco Central, que “nunca trará nenhuma solução para o país, só trará mais problemas”.
“Quem não quer premiar a arrogância de António Costa, que quis ir a eleições para ter uma maioria absoluta, sabe que conta como Bloco de Esquerda para todas as soluções que contam na vida das pessoas”, acrescentou a bloquista.
Questionada sobre se o partido está preocupado com as sondagens, que indicam que o Chega poderá solidificar o terceiro lugar, Catarina Martins diz confiar nas pessoas que “acreditam na democracia” e que querem distância da “extrema-direita”.
Além disso, considera que “não tem nenhum sentido” achar que o eleitorado vai penalizar o partido pelo chumbo do Orçamento do Estado.
Já sobre a saúde, os salários e as pensões – três bandeiras do Bloco –, Catarina Martins sustentou a leitura do partido com dados recentes, nomeadamente as queixas do diretor do Instituto Português de Oncologia (IPO) em relação às condições de trabalho dos profissionais.
Salientou ainda as declarações recentes de Mário Mourão, candidato a secretário-geral da UGT, que disse que é preciso retirar a troika das leis laborais, uma proposta que o Bloco de Esquerda tem defendido.
Por último, destacou as considerações da OCDE, que entende “que não tem sentido manter a dupla penalização” nas pensões, isto é, o fator de sustentabilidade, uma medida que esbarrou nas negociações do último Orçamento do Estado.
“Arrogância de Costa”? á partida, costa não deve ter maioria absoluta, e terá, talvez que fazer acordos com partidos para conseguir governar ….parece-me a mim que catarina é que está a ser arrogante ao não defender a esquerda e a união á esquerda
se os partidos de esquerda forem muito arrogantes , o costa ainda se une mesmo ao rio……e quem perde é a esquerda.
apesar de parecer uma hipotese muito remota