Caso do avião com cocaína. PJ vai vigiar Aérodromo de Tires 24 horas por dia

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A Polícia Judiciária (PJ) vai vigiar as movimentações de aeronaves e passageiros que chegam e saem do Aeródromo de Tires 24 horas por dia.

A informação foi adiantada pelo Correio da Manhã, que falou com o presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras, que afirmou que já existe um acordo com a direção da Polícia Judiciária (PJ) para a cedência de um espaço no Aeródromo de Tires.

Segundo o autarca, o objetivo é formar uma equipa de inspetores da PJ que, durante 24 horas por dia, vigie as movimentações de aeronaves e passageiros que chegam e saem do aeródromo.

“Tratou-se de conversas anteriores à descoberta do caso do avião Falcon 900 B”, explicou Carlos Carreiras, referindo-se ao processo do avião onde seguia João Loureiro, ex-presidente do Boavista, que está apreendido em Salvador, no Brasil, por levar na fuselagem 587 quilos de cocaína.

A aeronave teria Tires como destino, mas contemplava escalas em Cabo Verde e em Toulouse, em França. No entanto, o plano de voo terá sido chumbado pela ANAC – Autoridade Nacional da Aviação Civil.

Segundo o CM, o Falcon 900 B já tinha passado pelo aeródromo no concelho de Cascais. Pelo menos uma vez foi submetido a um controlo com raio-x para a deteção de droga, que não produziu resultados.

De acordo com Carlos Carreiras, o aeródromo conta atualmente com vigilância não permanente da PJ, PSP (Polícia de Segurança Pública) e Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF). Porém a ideia será ceder à PJ um espaço pela empresa Cascais Dinâmica para que haja sempre inspetores a monitorizar os voos.

A data para o início deste trabalho de vigilância permanente ainda está por decidir.

Este caso causou polémica em Portugal depois de ter sido noticiado que o antigo presidente do Boavista Futebol Clube, João Loureiro, era um dos passageiros do avião com destino a Portugal que ficou retido a 9 de fevereiro no aeroporto da Bahia, após ter sido encontrada meia tonelada de cocaína na fuselagem.

A Polícia Federal brasileira afirmou que “todos são suspeitos” e que está a fazer análises para descobrir origem da droga e perícias a telemóveis, incluindo o de Loureiro.

O ex-presidente do Boavista garantiu que nunca se tinha cruzado com o cidadão espanhol de ascendência argelina Mansur H. antes de partilhar o jato particular entre o aeródromo de Tires, em Cascais, e Salvador da Bahia.

O avião terá sido fretado por Mansur H., que se apresenta como sendo engenheiro de aeronáutica, e, de acordo com o matutino, estará na mira das autoridades por ligações ao tráfico internacional de droga.

A Polícia Federal e a PJ acreditam que os 578 quilos de cocaína apreendidos a bordo do jato privado pertenciam à rede de narcotráfico do ex-major Sérgio de Carvalho, conhecido como o “Escobar brasileiro”.

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2 Comments

  1. Significa que até agora não existia qualquer controlo policial no aeródromo de tires?? Se é assim então compreendo que existisse um grande cartaz a dizer “Bem-vindos à República das Bananas”!

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