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Carta aberta contra a proibição de touradas na RTP inclui 35 socialistas

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Numa carta aberta, 125 personalidades, incluindo 35 socialistas, acusam o Governo de censura ao não incluir as touradas na programação da RTP, criticando novo contrato de serviço público de rádio e televisão.

Como recordou esta sexta-feira o Expresso, no Orçamento do Estado para 2019 discutiu-se a possibilidade de o IVA das touradas descer para os 6%, enquanto debatia-se se o serviço público de televisão devia transmitir touradas. Agora, surge a “Carta aberta pela liberdade de programação na RTP”, uma iniciativa da secção de municípios com atividade tauromáquica da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP).

Com esta iniciativa, acusam os governantes de promoverem uma “política cultural do Estado ou dirigista do canal público, de limitação do acesso à cultura”, descrevendo como “censura” a decisão do Governo de não incluir as touradas na programação da RTP.

De acordo com os signatários, é a Constituição que impede a proibição que o Governo pretende, sendo a tauromaquia “parte integrante do património da cultura material e imaterial portuguesa”.

“A diversidade regional e das suas expressões culturais não podem ser alvo de censura num canal público, que se pretende de todos e para todos. Este tem de ser antes um espaço de livre programação cultural, dentro da lei, dando espaço a todos, na plural diversidade que constitui Portugal e os portugueses”, lê-se no documento.

Os signatários recusam ainda “qualquer imposição de visões e culturas” e esperam que o Governo cumpra a lei “com isenção doutrinária e ideológica”, visto que a proposta é uma “clara restrição de liberdade de programação do canal público” decidida por Nuno Artur Silva que pretende “atingir a tauromaquia”.

A carta junta ainda 19 deputados do PS, 27 do PSD, seis do PCP e quatro do CDS; autarcas dos principais municípios com atividade tauromáquica (18 socialistas); três ex-ministros da Cultura do PS; os dois antecessores de Graça Fonseca, João Soares e Luís Castro Mendes; Gabriela Canavilhas; Manuel Alegre; o presidente do PS, Carlos César; e personalidades como Alice Vieira, António Pedro Vasconcelos, Daniel Oliveira, José Cid, José Peseiro e Toy.

Taísa Pagno //

8 Comments

  1. Estes desalmados consideram que é cultura a tortura de animais para gáudio de uma quantidade – desconhece-se o número – de sádicos “civilizados” que são mais atrasados que os habitantes das cavernas, 20 milénios atrás, os nossos antepassados consumiam a carne de outros animais para sobreviver, não matavam por diversão. Mais, os trogloditas eram tão civilizados que tinham o máximo respeito pela preservação dos animais que faziam parte da sua dieta. Os apreciadores de touradas não passam de cobardes, sádicos, não dão a mínima hipótese de defesa aos animais: serram-lhes os cornos, drogam e enfraquecem os animais para depois os “artistas” justificarem a fama e o dinheiro que ganham, cada vez mais escasso. Para mim, o toureio só tem interesse quando os “artistas” são derrotados, pouco me importando o preço que pagam.
    Divertido o realce ao facto de 35 sádicos socialistas assinarem a petição, como se o PS fosse alguma referência cultural e cívica. Já foram, passado.

  2. Embora seja absolutamente contra as touradas e concordar em absoluto com a não transmissão das mesmas em canal público, não entendo o porquê de mencionar os “35 socialistas”. Qual é o problema? O PS (ainda) não é como certos partidos que têm “disciplina de voto” onde os mandões dizem o que o militante deve ou não apoiar/pensar. Ainda existe liberdade de pensamento e expressão neste partido. Mesmo que seja para uma parvoíce como estar contra a proibição da transmissão de um espetáculo que “alguns” consideram de “parte integrante do património da cultura material e imaterial portuguesa” (ainda bem qua não é). Nota: a burrice é imaterial.

  3. Penso que o que se devia fazer, era convidar os ditos 125 signatários para o Campo Pequeno, colocá-los no centro do espetáculo, pois gostam de ser falados os coitados de espítito e que vivem à mama dos portugueses, convidar uma mão cheia de portugueses a ficar nas bancadas e disponibilizar-lhes toda a quantidade e variedade de fruta podre que quisessem, para mandarem para cima desses 125 desprezíveis signatários. Seria uma boa forma desses pobres de espírito sentirem o pulso popular e uma boa forma dos nogentos defensores da diversidade cultural a torturar animais (o que 125 defendem), aprenderem na prática, levando com uma grande diversidade de fruta podre nos cornos deles, e sentirem tanta vergonha que nunca mais iriam querer aparecer em público. É que este grupelho desprezível não evoluiu nada, não quer evoluir, e pelos vistos não quer que se dê ao povo e através da RTP, a possibilidade de terem melhores programas, pelo menos ao nível moral, educacional, promovendo o respeito uns pelos outros, como se ensinar a respeitar os animais também não fosse uma ótima forma de ensinar a respeitar os outros seres humanos. É que eles (os 125) são mesmo cretinos, pois nem isso conseguem entender.

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