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Carros elétricos já pagam carregamento rápido

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O pagamento nos postos de carregamento rápido (PCR) arrancou nesta quinta-feira, mais de um ano depois do agendamento inicial, com os utilizadores a garantirem que a opção elétrica continua a ser mais barata.

O acesso aos carregadores, qualquer que seja a potência, é garantido através de um único cartão, independentemente do Comercializador de Eletricidade para a Mobilidade Elétrica (CEME).

Será sempre mais barato [carregar veículos elétricos] do que abastecer um carro com motor de combustão interna, seja a gasolina ou a gasóleo”, garante a Associação de Utilizadores de Veículos Elétricos, tendo o presidente Henrique Sanchez estimado à Lusa que o valor de carregamentos de elétricos pode ser, em média, 10 a 20% mais baixo.

A gestora da rede – Mobi.e – divulgou que, até ao momento, quatro CEME divulgaram os seus tarifários: EDP Comercial, Galp Power, PRIO.E e GRCAPP (eVAZ).

“Para a utilização dos PCR, os utilizadores irão pagar os valores definidos no contrato que estabelecerem com o CEME, o qual tem total autonomia para definir a sua proposta”, segundo a Mobi.e, que referiu que a cobrança irá incluir três componentes.

Assim, a fatura levará em conta o serviço do CEME, que inclui custo da energia (energia e tarifas de acesso às redes de energia), o serviço de operação do posto de carregamento, definida pelo operador, e a tarifa da entidade gestora, que “será zero euros nesta fase”.

“O custo de um carregamento será igual ao valor que o seu CEME lhe cobra pelo serviço (que inclui a energia), mais o valor do serviço de operação do respetivo posto. Não está previsto o pagamento da CAV (contribuição para o audiovisual), nem da taxa da DGEG – Direção Geral de Energia e Geologia”, lê-se na informação disponibilizada pela Mobi.e.

Os PCR possibilitam o carregamento de 80% da bateria em 20 a 30 minutos. Já os carregamentos lentos mantêm-se gratuitos em 2019, garantiu o ministro do Ambiente, Matos Fernandes, em entrevista à Renascença.

Vendas atingem recordes

De acordo com o jornal Público, a venda de novos carros elétricos e híbridos atinge recordes em Portugal. Nos primeiros nove meses de 2018, noticia o diário nesta sexta-feira, foram vendidas mais viaturas do que em todo o ano de 2017.

De acordo com os números da Associação do Comércio Automóvel de Portugal (ACAP), a que o matutino teve acesso, a quota de mercado dos elétricos e híbridos coloca Portugal na quarta posição do ranking da União Europeia. Lugar que melhora se se olhar apenas para o segmento dos 100% elétricos (3.º posto para Portugal).

ZAP // Lusa

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13 Comments

    • E bem, porque não vão estar todos a pagar para alguns andarem a carregar o carro de borla!!!
      Mais: os carregadores normais (“lentos”) ainda são grátis.
      Portanto, quem tem pressa, paga – nada mais natural!

  1. Lá se vão as borlas e a partir de agora vai ser como no combustível, taxas sobre taxas por parte do governo e preços ao gosto dos operadores, é o habitual neste país, tentam sempre enganar o consumidor e ninguém lhes pode fazer oposição.

  2. Eu acho que vão ficar ás moscas os carregadores, quem tiver homeBox e gastar1.20 eur ou 1.30 eur para fazer 100km dificilmente vai pagar 4,5,6 ou mesmo 7 eur para fazer 100km….mas pronto bem vindos à tugolândia

    • Bem vindo ao mundo em 2018!…
      E essa comparação faz mesmo todo o sentido: carregar rápido (80% em 20-30min.) numa área de serviço, realmente é igual a carregar em casa durante 8 horas!…
      Pois…

    • Não vejo forma de um eléctrico gastar 1.2 euros por 100 kms… Com sorte custará apenas o dobro com uma tarifa de tri-horário e em vazio…

      Se tivermos em conta os impostos elevadíssimos que existem sobre os combustíveis, parece inevitável que a mobilidade eléctrica venha a ser mais onerosa do que a combustível (se tivermos em conta todos usa custos até já o será)…

      É simplesmente natural que todas as receitas que o estado obtém dos combustíveis e veículos com motores de combustão vão passando a ser obtidas dos veículos eléctricos.

  3. eu moro num andar, mas se morasse numa moradia, colocava 2 tesla wall, e mandava a EDP para o raio, na minha casa eu é que sei como é que quero luz…..acreditem que não alinhava nestes esquemas Tugas, dassssss pagamos a electricidade a preços que dobram relativamente aos paises civilizados mas pronto Tugôlandia no seu melhor…. Gostaria que todos os Tugas não carregassem nesses postos…tem possibilidade carreguem em casa, só em ultima instância é que usam os carregadores…..deixem-nos ganhar pó.

    • A esmagadora maioria dos tugas vive em andares, e não tem como recarregar na sua residência.
      Tanto a eletricidade como os postos têm custo…
      E à medida que o mercado dos veículos eléctricos for crescendo os impostos sobre o mesmo irão espelhar os actualmente existentes sobre o mercado dos veículos de combustão. Como é natural o estado não abdicará das suas receitas…

    • “mandava a EDP para o raio”
      Que anjinho!…
      Vê-se logo que és o tipo habitante da Tugolandia…
      Deves pensar que a electricidade das casas aparece por magia e que a EDP não ganha nada com isso!..

  4. A alternativa electrica é valida, muito valida, estamos a fazer muito pelo nosso planeta, só é pena que os habituais abutres oportunistas estejam à espreita, e de acordo com o estudo dos preços que li, que para fazer um carregamento nos postos rápidos de cerca de 30 min. aprox. para 100Km, terá um custo a variar entre 3.20€ e 9.88€, ou seja até 9,88€/100Km + 30min. de espera, ou seja, tão caro como um veiculo a combustão, mais a agravante da perda de produtividade do utilizador que enquanto espera, não trabalha.

    Em resumo uma alternativa algo dececionante um vez que o custo inicial dos veículos e o custo da manutenção/substituição das baterias é algo que pesa muito na carteira dos portugueses, em suma, poderão acabar os combustíveis fosseis mas o tacho dos mesmos está garantido e incrementado uma vez que a distribuição (por camião) também será gradualmente eliminada, tal como todos os postos de trabalho que dessa indústria dependem.

    Mas pelo menos o nosso ar estará mais respirável, tal como o ar de quem nos continuará a explorar.

    • Mais uma vez estou convencido que não será o veículo 100% eléctrico o futuro, mas sim o movido a hidrogénio. Já sabemos que um veículo movido a hidrogénio não é 100% eficaz com respeito à utilização da energia que consome, mas é de longe a solução mais viável para substituir os veículos a combustão… Alguém já imaginou o que seria se todos os veículos a combustão fossem agora trocados por um 100% eléctrico? Como iam as pessoas que moram em apartamentos e sem lugares de garagem carregar as baterias? Já se pensou nos actos de vandalismo (que vão existir!) ao deixar um cabo eléctrico na rua durante a noite a carregar um veículo eléctrico? Teríamos potência suficiente para carregar todos os veículos eléctricos em larga escala? E o que acontece à autonomia das baterias durante o inverno, com a necessidade de utilização do aquecimento, e no verão, com a necessidade de utilização de ar condicionados? No hidrogénio isso apenas se irá resumir ao que temos actualmente: encher o depósito e seguir viagem…

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