Um estudo recente questionou os condutores espanhóis sobre a sua perceção acerca dos veículos elétricos chineses e europeus. Os resultados não deixam margem para dúvidas.
Os automóveis elétricos chineses têm sido o centro das atenções nas últimas semanas, especialmente após o anúncio de que a União Europeia vai aplicar novas taxas à importação destes veículos.
As novas tarifas, que podem chegar aos 38% do valor do veículo, pretendem evitar a “concorrência desleal causada pelos subsídios governamentais”, que permitem que os elétricos chineses sejam vendidos na Europa a um preço muito inferior ao dos seus concorrentes europeus.
É o caso do recentemente lançado Xiaomi SU7, considerado um concorrente direto do Tesla Model 3, que tem um custo quase 4 mil euros inferior ao do veículo da construtora norte-americana, e que será um dos grandes prejudicados com a decisão da UE.
O preço é um dos fatores de decisão na altura de comprar carro; mas qual o seu impacto no mercado automóvel? E que outros fatores entram na decisão?
Um estudo promovido pela Associação de Marketing de Espanha (AMKT) procurou saber o que pensam os condutores espanhóis sobre as marcas chinesas e europeias.
Os resultados foram recentemente apresentados nas jornadas da Comissão de Marketing de Mobilidade da AMKT, e não deixam margem para dúvidas.
Segundo o El Confidencial, 56% dos condutores espanhóis consideram que as marcas chinesas são essenciais para o desenvolvimento dos veículos elétricos, fundamentalmente porque o seu menor custo fará com que a procura cresça.
As marcas chinesas são as preferidas dos que têm menos de 35 anos, a meio caminho entre a geração Z e os millennials.
A maior parte dos inquiridos consideram também que as marcas chinesas de veículos elétricos poderiam ter um impacto positivo na criação de emprego e no impulso à inovação.
Apesar das opiniões positivas, os resultados são bastante diferentes quando os condutores são inquiridos sobre a sua perceção da qualidade dos veículos no mercado: 71% dos inquiridos dizem preferir as marcas europeias.
Muito atrás estão as empresas japonesas e sul-coreanas (18%) e as empresas americanas como a Tesla (7%). No fim da lista, na perceção de qualidade, as empresas chinesas, com 4%.
Os construtores europeus de veículos elétricos são também os preferidos dos condutores espanhóis quando questionados sobre a segurança (72%), inovação tecnológica (43%), sustentabilidade ambiental (67%), e design (57%).
O estudo permite tirar antes de mais tirar a conclusão de que os jovens, que têm menor poder de compra, estão mais abertos e confiantes em relação à compra de veículos elétricos chineses, que são mais acessíveis.
No entanto, os elétricos chineses têm ainda, aparentemente, um longo caminho a percorrer para competir com os automóveis elétricos europeus em termos de qualidade percebida, sustentabilidade e design.
Há que cortar o mal pela raíz, quando começa a crescer. Depois de crescer, pode ser tarde demais.
Espero que os carros não aconteça como os outros produtos chineses da Xiaomi. Pois eles dizem que a garantia dos 2 anos não abrage nada. Por isso fiz uma reclamação por escrito de duas Mi Band Pro que comprei e as pulseiras comessaram a rachar e desfazem-se e o vidro a descolar eles dizem que a garantia não abrange. Portanto cuidado com as garantias dos produtos chineses. E um carro tem muitos mais riscos.