A tecnológica chinesa Xiaomi anunciou este sábado a venda dos primeiros 50 mil veículos elétricos, apenas 27 minutos depois do lançamento oficial do SU7, o “desportivo de alto desempenho e tecnologia verde” com o qual se estreou no sector.
O evento de lançamento do Xiaomi SU7, que teve lugar esta quinta-feira em Pequim, contou com a presença do fundador da empresa, Lei Jun, que anunciou o preço de venda ao público da grande aposta pessoal: cerca de 27 mil euros para o modelo de entrada e 38 mil euros para o chamado Max.
“É 30.000 yuan (3.851 euros) mais barato do que o Modelo 3”, disse Lei, comparando o os preços do seu veículo com o modelo de entrada de gama da norte-americana Tesla, cujo preço de venda na China começa em 245.900 yuan (31.571 euros).
Apenas 27 minutos depois do lançamento oficial, a empresa chinesa já tinha recebido 50 mil encomendas do desportivo elétrico com que se estreou no setor.
“O objectivo é ter um carro de sonho tão bom como a Porsche e a Tesla“, anunciou o bilionário co-fundador da empresa chinesa em 2023, na altura o lançamento do primeiro carro eléctrico da marca.
O primeiro modelo da construtora chinesa tem características de um carro desportivo, e muitas semelhanças com um Porsche Taycan, uma opção de design que foi propositada.
Embora a bolsa de valores de Hong Kong não tenha negociado esta sexta-feira, devido ao feriado de Sexta-Feira Santa, as acções da Xiaomi nos Estados Unidos registaram uma recuperação significativa de 12,51% após o anúncio da empresa.
A apresentação, que foi seguida por mais de dois milhões de espectadores através de várias plataformas, incluindo a chinesa WeChat, Youtube e X-Twitter, contou com a presença de cerca de mil pessoas, incluindo os directores executivos de grandes marcas chinesas como Nio, Xpeng, Li Auto e BYD.
O lançamento do Xiaomi SU7 segue-se à publicação de um lucro anual recorde em 2023 da campeã mundial dos veículos eléctricos BYD, sediada em Shenzhen, no sudeste da China.
O mercado de veículos eléctricos chinês expandiu-se a uma velocidade vertiginosa nos últimos anos. Várias marcas chinesas estão agora a desafiar os principais fabricantes alemães, norte-americanos e japoneses.
O veículo da Xiaomi, uma das principais marcas chinesas de telemóveis, dispositivos com ecrã táctil, relógios conectados, auscultadores ou motos eléctricas, oferece uma aceleração dos 0 aos 100 quilómetros por hora em 2,78 segundos, bem como uma velocidade máxima de 265 quilómetros por hora, na gama mais alta.
O automóvel está disponível em três versões, Standard, Pro e Max, em nove cores, com a versão Standard a oferecer uma autonomia de até 700 quilómetros, em comparação com os 810 quilómetros do modelo Max, “líder na indústria”, considerou Lei Jun.
“Estamos muito entusiasmados com a resposta ao SU7”, disse o fundador da Xiaomi. O SU7 estará à venda em 211 lojas de 39 cidades chinesas no prazo de um mês, desde a compra até a entrega do veículo, acrescentou Lei.
O SU7 é produzido pelo fabricante chinesa BAIC, com a Xiaomi a fornecer programas e componentes electrónicos para o veículo.
As baterias do SU7 são fornecidas pela BYD, o principal fabricante de veículos eléctricos da China, e pela CATL, outro grupo chinês líder na produção de baterias.
O grupo, que ainda não anunciou planos para vender o veículo no estrangeiro, planeia lançar mais modelos de veículos elétricos no futuro, com o objectivo de se tornar um dos cinco maiores fabricantes do mundo em 15 a 20 anos.
ZAP // Lusa
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