Carlos César reivindica papel do PS na construção da democracia e no combate à corrupção

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António Cotrim / Lusa

O presidente do PS, Carlos César

O presidente do PS defendeu, esta segunda-feira, que se deveu ao seu partido o aprofundamento da democracia e os avanços no combate à corrupção, embora admitindo desvios”, “erros” e “omissões num ou outro momento da sua história”.

“Sem iludir os desvios às melhores práticas, os erros ou omissões que num ou noutro momento da nossa história aconteceram, podemos dizer que estivemos nos impulsos da modernização essenciais e nos grandes avanços que o país conheceu“, afirmou Carlos César numa sessão, em Lisboa, evocativa dos 48 anos do partido, muito centrada na experiência do poder local socialista.

Sem nunca mencionar o caso José Sócrates, o ex-líder do PS envolvido na Operação Marquês, Carlos César recordou os “grandes avanços legislativos no combate pela transparência”, mas também “o reforço da independência do poder judicial”, os avanços no “estatuto da autonomia do Ministério Público” ou na “legislação do combate à corrupção”.

Esse e tantos outros avanços – é bom lembrar – deveram-se à iniciativa ou à aprovação do PS”, disse César, no seu discurso de abertura, ao lado do António Costa, atual secretário-geral dos socialistas e primeiro-ministro.

Nunca o ex-líder parlamentar dos socialistas se referiu a José Sócrates, mas a imagem do ex-primeiro-ministro, que se desfiliou do PS, surgiu num filme exibido antes da sessão, com que o partido homenageou o antigo dirigente socialista Jorge Coelho, que morreu no passado dia 7.

No último sábado, em declarações ao jornal Público, o atual presidente do PS reafirmou as críticas que fez em 2018 ao ex-primeiro-ministro. “Não tenho nada a acrescentar ao que disse há três anos. Fi-lo e com o necessário vigor“, explicou.

Nesse ano, César foi uma das pessoas que criticou de forma mais dura Sócrates, tendo levado até à sua desfiliação do PS, como o próprio ex-primeiro-ministro tornou público.

“Evidentemente penalizamo-nos muito, ficamos entristecidos, até enraivecidos, que pessoas que se aproveitam de partidos políticos e designadamente do PS tenham comportamentos desta natureza. Evidentemente que ficamos revoltados. A vergonha até é maior porque era primeiro-ministro”, disse, na altura, na rádio TSF.

ZAP // Lusa

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1 Comment

  1. o gajo que entachou a familia toda, é mesmo o mais indicado para falar de compadrio e corrupção… Ele até já foi noticia aqui: “Carlos César e filho investigados por alegadas irregularidades em negócios entre o Governo dos Açores e empresas privadas”. Grande PS, sempre a proteger os seus. Até cairem em desgraça, pelo menos.

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