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Carles Puigdemont detido

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Alberto Estevez / EPA

O presidente da Generalitat de Catalunya, Carles Puigdemont

O ex-presidente do governo regional da Catalunha, Carles Puigdemont, foi detido este domingo pela polícia alemã na fronteira com a Dinamarca.

Este domingo, Carles Puigdemont foi detido pela polícia alemã na fronteira com a Dinamarca, quando viajava de carro para a Bélgica. A notícia foi avançada pelo advogado do ex-líder e confirmada por um porta-voz da polícia alemã.

“O presidente Carles Puigdemont foi retido na Alemanha, quando passava a fronteira com a Dinamarca, a caminho da Bélgica desde a Finlândia”, escreveu, este domingo, na rede social Twitter J. Alonso-Cuevillas, advogado do político catalão.

“O trato foi sempre correcto. Neste momento, está numa esquadra de polícia e a sua defesa legal já foi activada”, escreveu o advogado, acrescentando que Puigdemont “se dirigia para a Bélgica para colocar-se, como sempre, à disposição da justiça belga“.

Embora a expressão usada pelo advogado tenha sido a de que estava “retido” pelas autoridades, a polícia alemã já confirmou que deteve Puigdemont, tendo informado as autoridades espanholas da detenção, avança o Público.

A detenção aconteceu numa altura em que foi reativado o mandado de detenção europeu de Carles Puigdemont, que tem vivido no exílio em Bruxelas desde que foi acusado pela justiça espanhola, após a declaração de independêndia da Catalunha.

De acordo com o El País, o político viajou para a Finlândia este fim-de-semana, para fazer contactos com deputados finlandeses e dar uma conferência na Universidade de Helsínquia.

Segundo o Jornal de Notícias, que cita uma entrevista de Alonso-Cuevillas à rádio catalã Rac1, o advogado admitiu, este domingo, que não sabia “exatamente onde está Puigdemont” nem se este teria abandonado a Finlândia.

Mas, segundo referiu no sábado o deputado finlandês Mikko Karna, o ex-candidato independentista abandonou o país na sexta-feira à noite e dirigiu-se à Bélgica “por meios desconhecidos”.

Todos os aeroportos e portos do país estiveram sob vigilância no sábado e Puigdemont foi procurado durante todo o dia, de modo a cumprir o mandado de detenção assinado pelo juiz do Supremo Tribunal espanhol Pablo Llarena.

Por acusações de rebelião e sedição no âmbito da organização do referendo sobre a independência da Catalunha, Puigdemont enfrenta uma possível pena de prisão de 25 anos em Espanha.

Esta sexta-feira, um juiz espanhol emitiu mandados de detenção europeus e internacionais contra seis dirigentes independentistas pelo seu envolvimento no processo independentista na Catalunha e na organização do referendo soberanista a 1 de outubro de 2017.

No Twitter, Carles Puigdemont escreveu, este sábado, que irá “lutar até ao fim” por todos aqueles que considera “reféns de um Estado repressor” e pela “liberdade da Catalunha”.

ZAP //

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