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Câmaras de Lisboa e do Porto são o entrave ao entendimento entre o PSD e o CDS

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Manuel de Almeida / Lusa

Presidente do Partido Social Democrata (PSD), Rui Rio, com o presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos

O objetivo é retirar câmaras ao PS, mas os entendimentos entre o PSD e o CDS ainda estão no “ponto zero”. Há diferenças de tom, nomeadamente em relação às Câmaras de Lisboa e do Porto.

José Silvano, secretário-geral do PSD e coordenador autárquico do partido, diz que há algumas “certezas” que podem agilizar ou dificultar a negociação eleitoral concertada para “retirar mais câmaras ao PS”. Uma dessas “certezas” dos sociais-democratas é que “o normal seria o PSD ter o seu candidato próprio em Lisboa e Porto“.

Segundo o Diário de Notícias, a seguir o padrão negocial, em Lisboa o cabeça de lista pelo concelho caberia ao CDS, que ficou à frente do PSD nas últimas autárquicas. Assunção Cristas bateu Teresa Leal Coelho com 20,7% dos votos contra 11,22%. Em relação à Câmara do Porto, o CDS apoiou Rui Moreira.

José Silvano reforça a ideia de que o mais natural é o PSD ter um candidato próprio, mas deixa a porta aberta a “negociações globais”, que teriam de abranger um número alargado de câmaras.

À partida, em todas as concelhias do PSD e do CDS que entenderem que é benéfico os dois partidos irem juntos a eleições, será aprovado a nível nacional. Mas não há certezas.

“Ninguém no CDS ou no PSD pode dizer o que vai acontecer. Se vai haver reuniões conjuntas e o que estará em cima da mesa”, disse Silvano, adiantando ao DN só agora irá ser delineada a estratégia autárquica do partido.

António Carlos Monteiro, do CDS, corrobora e desafia os sociais-democratas para um entendimento. “O nosso desafio foi o de constituir uma alternativa para retirar câmaras ao PS e constituir a base para um processo de entendimento político para outras eleições.”

Quando questionado sobre se o seu partido abrirá mão do cabeça de lista em Lisboa a bem de um entendimento mais vasto com o PSD, Monteiro empurrou essa responsabilidade para o presidente do partido.

Os dois partidos já têm coligações em Aveiro, Estarreja, Amares, Braga, Vieira do Minho, Vila Nova de Famalicão, Torre de Moncorvo, Faro, Guarda, Cascais, Amarante, Maia, Penafiel, Trofa, Rio Maior, Ourém, Castro Daire e Tabuaço, que serão para repetir.

ZAP //

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2 Comments

  1. O sr. Rio demonstraria ser muito ingénuo ou então impostor se decidir coligar-se seja em que circunstância for com o partido Centro Democrático Social (CDS).

    Pelo menos os cidadãos Portuenses estão fartos de clericalismo, corrupção, neoliberalismo, e certamente que os demais cidadãos Portugueses também.

    Ou o sr. Rio é capaz de expulsar de vez os neoliberais e o clericalismo do Partido Social Democrata (PSD) e afastar-se dessa gente que pulula em outras facções, ou então não terá qualquer apoio por parte dos cidadãos.

  2. En Castro Daire não é para manter!!!!!!! Informem-se antes de escreverem sobre o assunto.

    Os do PSD não cumpriram nada do que prometeram logo o CDS quis acabar com a coligação passado uns meses após tomarem posse da Câmara!

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