Os serviços prisionais da cadeia de Caxias, onde, no passado domingo, fugiram três reclusos, ligaram primeiro para o 112 para dar conta do ocorrido e só depois entraram em contacto, via e-mail, com as diferentes forças de segurança.
Segundo conta o Correio da Manhã esta quarta-feira, quando foi detetada a fuga dos três reclusos da cadeia de Caxias, na madrugada do passado domingo, os serviços prisionais decidiram comunicar o que se tinha passado “através de um telefonema para o 112”.
Só depois, por volta das cinco da manhã, é que a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) decidiu enviar um e-mail para as várias forças de segurança, nomeadamente, PSP, PJ, GNR e SEF. Porém, como era domingo, muitos dos responsáveis só viram a comunicação já na segunda-feira, escreve o CM.
A própria DGRSP confirma esta versão da história ao mesmo jornal, acrescentando que “as comunicações aos tribunais à ordem dos quais os reclusos se encontravam em prisão preventiva foram feitas na segunda-feira pela manhã”.
Foi esta situação que deu origem ao episódio ocorrido em Madrid, onde os dois detidos chilenos foram intercetados, mas um deles acabou por ser libertado porque a essa hora ainda não tinham chegado ao país os mandados de detenção europeus e também porque não existia vaga no centro de detenção espanhol.
Em declarações à SIC Notícias esta manhã, o presidente do Sindicato Independente do Corpo da Guarda Prisional desvaloriza o facto dos serviços prisionais terem ligado para o 112, destacando antes o tempo que algo demorou a ser feito.
“Que eu saiba é um número de emergência, não é um número de emergência médica. Quem atende não é o INEM é a PSP“, afirmou Júlio Rebelo ao canal televisivo.
O responsável acrescenta que, graças a este caso, ficou demonstrado que “há muito a fazer” no que toca ao funcionamento dos estabelecimentos prisionais. “Os protocolos têm de ser trabalhados, para que na próxima fuga isto não aconteça”, disse.
Espanha podia deter chilenos sem mandados
De acordo com o Jornal de Notícias, o facto de os mandados europeus não terem chegado a tempo não impedia as autoridades espanholas de deter qualquer um dos reclusos.
O jornal escreve que Schengen e o acordo bilateral entre os dois países chegava à polícia para evitar a libertação de foragido intercetado no aeroporto de Barajas.
Três reclusos, dois chilenos e um português, fugiram na madrugada de domingo do Estabelecimento Prisional de Caxias, concelho de Oeiras, através da janela da cela que ocupavam.
Em comunicado, a DGRSP adiantou que os evadidos “se encontravam presos a aguardar julgamento por crimes de furto e roubo em processos criminais distintos” e que instaurou um inquérito para investigar em que circunstâncias ocorreu a fuga.
Esta quarta-feira, o Parlamento aprovou a audição urgente das ministras da Justiça e da Administração Interna a propósito da fuga bem como do furto de 50 armas da direção nacional da PSP.
È só INCOMPETENCIA mais nada…
Falta de meios e descoordenação entre polícias.
Só uma questão, esta notícia é alguma piada?… é que quase todo o conteúdo da notícia dá para rir…. não fosse um assunto sério.
Ligaram para o 112 para requisitar alguma ambulância do INEM para fazer escolta aos fugitivos não fosse algum sentir-se mal disposto emocionalmente por tamanha façanha e facilidade em sentirem-se de novo ao fresco!
Quem atende o 112 é a PSP. Passam ao INEM se for emergência médica. Passam aos Bombeiros se for fogo. Passam à Guardia Civil se for fuga de presos.
Podiam ter publicado um anúncio no correio da manhã, estilo perdeu-se o cão.