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Burlas nos contratos de luz deste ano já são mais do que em 2018

O número de burlas nos contratos de luz disparou no primeiro semestre deste ano e já supera o do ano passado. Até julho deste ano, foram registadas 161 reclamações no Portal da Queixa.

Seja em vendas porta a porta ou através de telemarketing, as reclamações por burlas nos novos contratos de luz dispararam este ano. Enquanto no ano passado foram feitas 155 queixas pelos consumidores, só até julho deste ano já foram registadas 161 reclamações.

A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) já abriu sete novos processos, estando atualmente 14 em curso. Desde mudanças de comercializador sem a autorização dos clientes até práticas desleais, as reclamações no Portal da Queixa têm vindo a crescer desenfreadamente .

“Na maioria das burlas, os consumidores relatam situações em que aparece uma pessoa à porta ou ao telefone, que tenta (ou consegue mesmo) mudar o contrato e só depois percebem que se trata de outra empresa que não o atual fornecedor. Geralmente fazem-se passar por funcionários da EDP”, revela fonte do Portal da Queixa ao DN.

As marcas com mais reclamações são os comercializadores espanhóis Endesa, com 84 queixas, e a Iberdrola, com 36. “Apesar de a Endesa ter mais reclamações, a marca apresenta 94,5 de índice de satisfação e uma taxa de solução das reclamações de 90,4%”, explica o Portal da Queixa. Por outro lado, a Iberdrola tem um índice de satisfação de 6,2%.

Em sua defesa, a Iberdrola garante que aplica “penalizações caso o código de ética não seja cumprido”, admitindo recorrer a empresas externas para angariar novos clientes. Identicamente, também a Endesa tem o apoio de empresas externas para conseguir novos contratos, mas salientou que “analisa sempre todas as reclamações“.

Citada pelo DN, a EDP realça que recebe “inúmeros pedidos de clientes que pretendem regressar, após uma mudança para outro comercializador que afirmam que nunca solicitaram ou aceitaram”. A empresa de energia diz ainda mostrar-se preocupada com as práticas comerciais agressivas.

ZAP //

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