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Ex-diretor da Brisa suspeito de corrupção em expropriação de terrenos

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SXC

Polícia Judiciária do Porto conclui inquérito sobre subornos pagos a responsável da Brisa em negócios de expropriação de terrenos para autoestradas.

Segundo o Jornal de Notícias, um engenheiro da Brisa, coordenador das expropriações na zona Norte para as autoestradas A41 e A32, é suspeito de ter recebido avultadas luvas em troca de informações sobre o traçado e favorecimento nos preços de aquisição de terrenos, o que permitiu a dois empresários obter lucros de 12 milhões de euros na transação de cerca de 150 parcelas.

Em alguns casos os terrenos foram vendidos por valores seis vezes superiores aos preços de mercado. A Polícia Judiciária do Porto está agora a concluir o inquérito por corrupção, iniciado há quase quatro anos.

O antigo responsável da Brisa terá recebido dezenas de milhares de euros e contrapartidas em géneros, como a realização de obras, para revelar informação privilegiada sobre o traçado das duas auto-estradas e sobre os valores que a empresa estava a oferecer pela expropriação dos terrenos.

“Na posse dessa informação estas empresas adquiriam os terrenos aos legítimos proprietários por um valor acima do oferecido pela entidade expropriante que depois revendiam àquela empresa estatal por valores muito superiores aos da aquisição e aos valores oferecidos anteriormente pela mesma empresa aos proprietários”, explica a Diretoria do Norte da PJ.

As “luvas” terão sido pagas pelos responsáveis de duas empresas da área imobiliária, que também são arguidos neste caso.

Esta quinta-feira, os oito arguidos deste caso foram notificados para se apresentarem no Tribunal de Instrução Criminal do Porto para serem sujeitos a medidas de coação. Apesar de ainda não ser sabido o desfecho da diligência, segundo o Público, o Ministério Público pediu a aplicação de cauções para uma parte dos arguidos.

O diretor de comunicação da Brisa, Franco Caruso, afirmou que a empresa não comenta processos judiciais em curso, confirmando apenas que o funcionário em causa já não trabalha na firma.

ZAP //

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