//

Bombardeiros russos interceptados sobre o Canal da Mancha

USN / WIkimedia

Um caça F-14A Tomcat da USAF escolta um caça bombardeiro Tupolev Tu-95 Bear D da Força Aérea russa.

Um caça F-14A Tomcat da USAF escolta um bombardeiro Tupolev Tu-95 Bear D da Força Aérea russa.

Três caças franceses foram mobilizados a 28 de janeiro para intercetar dois bombardeiros russos detetados sobre o Canal da Mancha, o que ocorreu pela primeira vez, anunciou esta quinta-feira a Força Aérea francesa.

“Dois bombardeiros russos Tu-95 Bear passaram pela Noruega, pelas ilhas britânicas e, pela primeira vez, vieram fazer uma incursão sobre a Mancha“, explicou o coronel Jean-Pascal Breton numa conferência de imprensa em Paris.

Os aparelhos russos “não infringiram nenhuma regulamentação civil”, não tendo penetrado no espaço aéreo nem de França nem do Reino Unido, explicou.

A Força Aérea francesa fez descolar dois caças Mirage 2000 da Bretanha e um caça Rafale de Creil, perto de Paris para “monitorizar o voo, o itinerário dos aviões russos, e indicar-lhes que foram detectados”.

Os bombardeiros russos deram então meia volta sobre o Canal da Mancha e voltaram para trás, segundo o coronel.

Durante a intercepção, acrescentou, os russos não cometeram qualquer “ato agressivo”, nomeadamente interferências nas comunicações.

A Força Aérea britânica também accionou caças Eurofighter Typhoon, que escoltaram os aparelhos russos.

Este tipo de manobras russas tem sido frequente nos últimos meses, num contexto de grave crise política entre a Rússia e os países ocidentais devido ao conflito na Ucrânia.

No dia 23 de outubro,  um avião espião russo foi interceptado na Estónia por caças F-16 portugueses da NATO.

Seis dias depois, caças F16 da NATO interceptaram bombardeiros russos em espaço aéreo português.

A 5 de novembro, um navio russo foi inteceptado em águas territoriais portuguesas por um navio da Marinha de guerra portuguesa.

/Lusa

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.