Directora-geral da saúde quer um alívio em segurança. Lacerda Sales falou sobre bons indicadores, mas repetiu a ideia de cautela.
Os números recentes relacionados com a COVID-19 mostram que Portugal está num “bom caminho” mas apresenta ainda um factor de “gravidade”: o número de mortes por milhão de habitantes, segundo Graça Freitas.
A directora-geral da saúde concorda com um alívio nas restrições. Mas esse alívio terá de ser “progressivo e em segurança”.
“Não podemos, de maneira nenhuma, ter sobressaltos nesta descida nos números. Queremos chegar à Primavera e aos meses mais quentes numa fase de recuperação“, justificou,
Em relação ao processo de vacinação, Graça Freitas acha que é “muito prematuro” falar sobre a quarta dose da vacina: “Está tudo planeado e o Ministério da Saúde tem esse plano, que tem estado a ser discutido”.
“É melhor pensarmos que temos que terminar agora o reforço daqueles que ainda precisam de fazer o reforço”, reforçou.
No mesmo sentido, António Lacerda Sales espera menos restrições relacionadas com a pandemia, mas o alívio deverá ser “progressivo, gradual e cauteloso”.
O secretário de Estado Adjunto e da Saúde vê bons indicadores em Portugal: na incidência, no índice de transmissibilidade e na pressão sobre os serviços de saúde.
“São bons indicadores, que nos dão algum optimismo, alguma confiança, alguma tranquilidade, para podermos acreditar que, sim, vamos ter alívio nas restrições. Mas há que ouvir os peritos”, lembrou, recordando a reunião que vai ser realizada nesta quarta-feira, entre membros do Governo e peritos do Infarmed.
No entanto, e tal como Graça Freitas, Lacerda Sales avisou que o número de mortes por milhão de habitantes é um indicador preocupante.
A testagem, segundo o responsável, deverá ser “selectiva e dirigida nomeadamente a grupos mais vulneráveis”.
Coronavírus / Covid-19
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