Jair Bolsonaro mudou a sua versão sobre o sucedido no caso do vídeo partilhado por ele próprio a convocar uma manifestação para dia 15 de março contra o poder legislativo e a seu próprio favor.
Segundo as palavras do Presidente brasileiro, o vídeo que mereceu críticas de membros do Supremo Tribunal Federal, de antigos presidentes, de senadores e de deputados, de ex-ministros do atual governo, de organizações da sociedade civil e pode resultar em pedido de impeachment é de 2015. No entanto, há no vídeo imagens da facada sofrida pelo então candidato presidencial em 2018.
“Eu pedi apoio para a manifestação de 15 de março de 2015 que, por coincidência foi um domingo, e daí a Vera Magalhães [jornalista do Estado de S. Paulo] pegou no vídeo e fez a matéria a dizer que era de março deste ano”.
No entanto, quase todo o vídeo é ilustrado por imagens da facada sofrida por Bolsonaro a 6 de setembro de 2018 – mais de três anos após a data que alega – e já de depois de ter sido eleito. O texto que o acompanha também se refere apenas a eventos ocorridos após 15 de março de 2015.
A jornalista em causa mostrou três vídeos sequenciais partilhados pelo presidente: no primeiro, Bolsonaro passeia de moto no Guarujá, em São Paulo, onde passou o feriado do Carnaval; no segundo, convoca manifestações, onde constam factos ocorridos em 2018, como a facada; e no terceiro, produzido por grupos de manifestantes, há imagens do dia da posse de Bolsonaro, a 1 de janeiro de 2019.
Após a divulgação dos vídeos por parte de Jair Bolsonaro, o chefe de Estado foi duramente criticado, tendo o juiz do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil Celso de Mello considerado que o Presidente que pode incidir no crime de responsabilidade.
Também o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, defendeu a destituição do Presidente brasileiro.
Esse Witzel é uma piada não cuida nem da qualidade da água da rede no Rio de Janeiro e quer ser presidente de um país. Ridículo!!!