Depois da demissão do ministro da Educação em abril, o conflito dentro do próprio Governo brasileiro entre a ala mais extremista e religiosa e o setor ligado aos militares está de novo ao rubro.
Muitos analistas interrogam-se sobre até que ponto irá durar a paciência dos generais quanto às repetidas investidas do filósofo de extrema-direita, apoiadas pelos próprios filhos do Presidente.
O Presidente brasileiro disse nesta terça-feira esperar que o desentendimento público entre Olavo de Carvalho e os militares “seja uma página virada por ambas as partes”. Bolsonaro quebrou o silêncio para vir defender o seu mentor ideológico, que desde este domingo se desdobra em ataques a um dos seus colaboradores mais próximos e companheiro de juventude, o ministro da Secretaria de Governo, general Santos Cruz.
No Twitter, o capitão reformado elogiou o trabalho de Olavo de Carvalho “contra a ideologia insana que matou milhões no mundo e retirou a liberdade de outras centenas de milhões”, e o empenho no campanha que o levou à Presidência, segundo a Reuters.
Reforçado pelo apoio presidencial, o ideólogo de extrema-direita voltou a atacar os militares e em particular o ministro Santos Cruz, que tutela também a Secretaria Especial para a Comunicação Social.
“Os generais, para voltar a merecer o respeito popular, só têm de fazer o seguinte: arrepender-se, pedir desculpas e passar a obedecer ao presidente sem tentar mudar o curso dos planos dele. É simples”, disse Carvalho, citado pela Reuters.
Tem sido a ala militar do Governo, em particular o vice-presidente, general Hamilton Mourão, que de algum modo tem travado os ímpetos de Bolsonaro a respeito da mudança da embaixada de Telavive para Jerusalém ou quanto a uma possível intervenção militar na Venezuela, por exemplo.
Quanto ao ministro da Secretaria de Governo, a quem acusa de querer travar a ação presidencial, Olavo de Carvalho disse que “é politicamente analfabeto, não sabe nem mesmo a distinção entre governo e Estado. Quem governa é o presidente sim, Santos Cruz. O Legislativo legisla e o Judiciário julga. Governar, só o Executivo governa”, acrescentou Olavo de Carvalho.
A resposta mais dura por parte dos militares veio do general Eduardo Villas Boas, que comandou o Exército brasileiro até ao inicio de 2019. Na reserva, Villa Boas que é o atual assessor especial do ministro da Segurança Interna, comparou Olavo de Carvalho a um “Trotsky de direita”, sem quaisquer “princípios básicos de educação e respeito” e como alguém cuja atuação pretende “acentuar as divergências nacionais”.
Que bando de loucos!…
E isto num país que é 2x maior do que a União Europeia!…
Quando se mistura religião (ignorância) com coisas sérias, já se sabe que o resultado nunca é bom…
O Olavo de Carvalho é um filosofo autodidata de meia-tigela (tipo pastor!) que passou de militante comunista para a extrema-direira e o Bolsonaro não é “capitão reformado”; é um capitão fracassado e expulso!!
Os brasileiros só têm o que merecem. Votaram nele, AGUENTEM!!